Foto: Assessoria Parlamentar

A segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT) esteve em Brasília nesta última terça-feira, 19 de dezembro, quando participou de manifestação e articulações em defesa da reforma do ensino médio proposto pelo governo do presidente Lula, inclusive se reunindo com o deputado federal do seu partido Alencar Santana. A manifestação foi para que não fosse aprovado na Câmara dos Deputados o substitutivo do deputado federal Mendonça Filho ao Projeto de Lei o PL 5230/2023, para que seja mantida a essência da reforma do ensino médio proposta pelo presidente Lula.

Um dos pontos que tem causado divergência em relação ao projeto é a quantidade de horas-aulas para disciplinas obrigatórias. Atualmente, o ensino médio divide as 3 mil horas em 1.800 para disciplinas obrigatórias e 1.200 para optativas. Na tese defendida pelo governo, a divisão deve ficar em 2.400 horas-aula para obrigatórias e 600 para disciplinas optativas. O relator propõe um meio-termo, com 2.100 horas-aulas para matérias obrigatórias e 900 horas-aulas para optativas, o que provocou a manifestação contrária ao relatório do deputado Mendonça Filho.

Com a manifestação, a votação do relatório foi adiada para março de 2024. “Sem dúvida, uma grande vitória da nossa mobilização. A nossa defesa é por um ensino médio que atenda os interesses dos filhos e filhas da classe trabalhadora”, diz Bebel.

A reivindicação é de que seja aprovado pela Câmara Federal o ensino médio com carga horária de formação básica com 2.400 horas, e que seja revogado os itinerários formativos da Lei 13.415/2017, aprovada no governo do então presidente Michel Temer. “Queremos que os estudantes e os professores sejam ouvidos nesta discussão, e garantir que os estudantes do ensino médio tenham todo conteúdo curricular e não apenas parte”, explica a segunda presidenta da Apeoesp.

A deputada Professora Bebel aposta na Conferência Nacional de Educação - CONAE, que acontecerá entre os dias 28 a 30 de janeiro de 2024 para apontar caminhos a serem seguidos até no mínimo 2034. “Isso sim representará inovação na educação como um todo”, diz Bebel.

Texto: Vanderlei Zampaulo

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