Foto: Breno Esaki/ GOVDF
A intenção da discussão é
encorajar cientistas para o desenvolvimento de medidas que seriam implementadas
em uma eventual nova pandemia.
Quatro anos após a eclosão do
primeiro caso de Covid-19, a possibilidade uma nova pandemia se descortinar
diante de nossos olhos preocupa a comunidade científica. A edição mais recente
do Fórum Econômico Mundial discutiu, em um de seus painéis, nesta
quarta-feira 16, os riscos de nova doença global.
Apelidada de “doença X” pela
Organização Mundial de Saúde, o novo vírus ainda é um mistério. Isso porque não
se trata de uma ameaça concreta, de uma doença já em circulação, mas sim, de um
risco eventual.
À espera de uma possível nova
epidemia, cientista exploram pesquisas dentro de cenário hipotético para
preparar o mundo para um novo agente patológico ainda desconhecido.
A intenção da discussão é
encorajar cientistas para o desenvolvimento de medidas que seriam implementadas
em um eventual novo surto.
Em 2018, a ‘Doença X’ já
constava numa lista publicada pela OMS sobre as doenças que deveriam
ter prioridade de pesquisa, em uma estratégia global que visa acelerar a
disponibilização de testes, vacinas e medicamentos e grande escala.
A lista atual inclui:
covid-19, febre hemorrágica da Crimeia-Congo, doença pelo vírus ebola e doença
pelo vírus Marburg, febre de Lassa, síndrome respiratória do Oriente Médio
(MERS) e SARS, vírus Nipah e doenças henipavirais, febre do Vale do Rift.
Atualmente, mais de 300
cientistas trabalham para identificar agentes patogênicos que poderiam provocar
novas epidemias.
Segundo a OMS, uma nova doença
em escala global, como a Doença X, poderia provocar 20 vezes mais mortes do que
a Covid-19.
O painel do Fórum Mundial, que
acontece essa semana em Davos, na Suíça, discutiu exatamente os passos
necessários para preparar o sistema de saúde e se quais esforços seriam
necessários.
Texto: Carta Capital
Publicação: Enzo Oliveira/ MTV