Foto: Marcos Corrêa/ PR
A investigação tenta elucidar
a participação dessas pessoas nos atos do dia 8 de janeiro. g1 ainda não fez
contato com os citados.
A Polícia Federal deflagrou
uma operação nesta quinta-feira (8) contra militares e ex-ministros do governo
Jair Bolsonaro (PL) por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de
Estado.
São alvos de buscas:
• General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
• General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI);
• General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
• General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do
Comando de Operações Terrestres do Exército;
• Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha
(veja o que ele disse sobre a operação);
• Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
• Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;
• Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como
um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
• Ailton Barros, coronel reformado do Exército.
Foram presos, segundo o blog
da Andréia Sadi:
• Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro (preso na
casa da namorada);
• Marcelo Câmara, coronel do Exército ex-assessor especial de
Bolsonaro;
• Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto;
• Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.
As ordens foram expedidas pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou
que Bolsonaro entregue o passaporte e não fale com outros investigados. O
advogado do ex-presidente disse que ele cumprirá as ordens.
A investigação tenta elucidar
a participação dessas pessoas nos atos do dia 8 de janeiro, quando milhares de
manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes (Planalto,
Congresso e Supremo) em Brasília.
Segundo a PF, os investigados
se uniram para disseminar notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro
com objetivo de criar condições para uma intervenção militar que mantivesse
Bolsonaro no poder.
Ainda de acordo com a PF, o
grupo se dividiu em dois grupos:
• O primeiro era voltado a construir e propagar informações
falsas sobre uma suposta fraude nas urnas, apontando "falaciosa
vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação", que continuou mesmo
após o resultado da eleição;
• O segundo eixo, por sua vez, praticava atos para subsidiar a
abolição do Estado Democrático de Direito – ou seja, para concretizar o golpe.
Essa etapa, de acordo com as investigações, tinha o apoio de militares ligados
a táticas e forças especiais.
Texto: G1
Publicação: Enzo Oliveira/ MTV