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Pavimentação de concreto no acesso à 1º de agosto
havia acabado de ser aplicada, mas foi quebrada para ser refeita; governo alega
que material não passou em teste
A quebra do concreto que acabou de ser
implantado na avenida Limeira, no acesso à avenida Primeiro de Agosto para que
o pavimento seja refeito levou à aprovação de requerimento em regime de
urgência pela Câmara Municipal de Piracicaba, na 8ª Reunião Ordinária de 2024,
nesta quinta-feira (29). De acordo com a administração municipal, foi
necessário retirar o material em um trecho de 187 metros quadrados da avenida
porque o material não passou nos testes de qualidade e resistência. Na Tribuna,
a medida recebeu críticas de vereadores em função da escolha dessa modalidade
de obra para o local, dos transtornos gerados para o trânsito e do atraso na
liberação do fluxo da via.
O requerimento nº 252/2024,
de autoria do vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, também foi
assinado pelos vereadores Rerlison Rezende (PSDB) e Sílvia Morales (PV), do
Mandato Coletivo A Cidade é Sua. O documento requer cópias dos estudos técnicos
prévios em relação à obra, além de informações sobre o valor do empreendimento,
o motivo de os testes de qualidade não terem sido feitos antes da aplicação e o
prazo para liberação da via, entre outros questionamentos. Outro requerimento
no mesmo sentido, nº 239/2024, de autoria
do vereador Pedro Kawai (PSDB), está em tramitação na Casa e deve ser votado
pelo Plenário na próxima semana.
O líder do governo, vereador Josef Borges
(Solidariedade), ao declarar voto, explicou que o trecho equivalente a um
caminhão de concreto não atingiu os índices de qualidade e resistência exigidos
em contrato e, por isso, foi determinado o refazimento do serviço, sem custos
para a Prefeitura. “Não há ônus ao município e não haverá atraso no cronograma.
Esse trecho será liberado em uma semana e depois serão iniciadas as obras na
avenida Rio Claro e o outro lado da avenida”, afirmou. “Se não se faz essa fiscalização,
a obra apresenta problemas depois de alguns anos. É uma obra para durar por 20
anos e que vai trazer segurança para a mobilidade, com tecnologia de
ponta”.
Pedro Kawai falou da preocupação com os posteriores
serviços de manutenção em uma via de concreto. “Imagina ter que consertar um
vazamento de água e como vai procurar vazamento debaixo de uma plataforma de
concreto”, colocou. Ele também criticou o atraso no cronograma de entrega da
obra. “Mais uma semana não vai custar mais para os cofres públicos, mas
pergunta para os estabelecimentos comerciais que não recebem um cliente há 60
dias”, disse.
O autor do requerimento, Cássio Fala Pira, exibiu
vídeos e áudio de munícipes que questionam o refazimento do serviço. O vereador
Paulo Campos (Podemos) também justificou voto e fez um apelo para que as obras
públicas não sejam paralisadas, ponto que também foi lembrado pelo vereador
Acácio Godoy (PP). O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) mencionou a obra de
pavimentação da avenida Centenário que, segundo ele, foi um serviço executado
com excelência e durabilidade, exemplo que deveria ser seguido na Primeiro de
Agosto.
O vereador Gustavo Pompeo (Avante) exibiu vídeo e
imagens da fiscalização da obra de como são feitos os testes com as mostras do
concreto utilizado na via. Ele explicou que os testes são feitos a cada período
porque é necessário esperar a secagem do material. “Querem criticar a
fiscalização e o respeito com o dinheiro público. Sei que a obra causa
transtornos, mas se o material não está na especificação, tem que refazer a
custo da empresa”, disse.
Texto: Câmara Municipal de
Piracicaba
Publicação: Enzo Oliveira/ MTV