Foto: Arquivo Pessoal

Anderson dos Santos Andrade é réu confesso e está preso desde março de 2022. Ministério Público pediu aumento da pena com base em descumprimentos de medidas protetivas.

O Tribunal de Justiça acatou o pedido do Ministério Público (MP-SP) e aumentou a pena de Anderson dos Santos Andrade, acusado de matar a ex-mulher a facadas em frente à escola da filha deles, em Piracicaba (SP), de 29 anos para 37 anos e nove meses de prisão. O homem tinha sido preso seis dias após o crime, em março de 2022, após fugir.

Em setembro de 2023, o acusado foi condenado a 29 anos, 4 meses e 25 dias de prisão pela morte de Carolina Dini Jorge, de 41 anos. O g1 entrou em contato com a defesa do réu, nesta quarta-feira (6) e aguarda retorno.




Em trecho da decisão da Justiça, assinada nesta terça-feira (5), o relator Freire Teotônio declara que:

"Mantida a decisão soberana do Júri, aliás nem impugnada, com a responsabilidade do apelante, promovo, no entanto, o redimensionamento da sanção aplicada, para 37 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão, preservado, por lógico, o regime fechado, consoante o conteúdo do voto, acolhendo parcialmente o recurso manejado pela acusação", conclui.

De acordo com o promotor Aluísio Antonio Maciel Neto, quando foi dada a sentença, havia circunstâncias que não tinham sido consideradas.

"O juiz aplicou uma pena total de 29 anos. Entendemos que a sentença ficou aquém do que deveria ter sido estabelecido. Havia circunstâncias desfavoráveis ao acusado que não foram observadas na sentença e justificariam uma pena acima do que foi aplicado. Então, apelamos ao Tribunal de Justiça para que se verificasse todos os apontamentos. O calvário que Carolina passou ao longo dos anos", apontou o promotor.

A advogada da família da vítima, Jussara Albino Oda Moretti. Em mensagem enviada à equipe, a defesa ressalta que a decisão confirma a busca por justiça no caso.

"Para todos que sofrem com a ausência da Carolina, não há reparação para a perda. O que resta é a busca pela justiça, confirmada pela decisão que aumentou a pena a ser cumprida, graças ao trabalho incessante dos profissionais que atuaram no caso, desde o inquérito policial até agora, na decisão proferida pelo Tribunal de Justiça", declarou a advogada.

Texto: G1

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