Foto: Nadine Shaabana/Unsplash
Violência contra a mulher - A
sessão foi aberta por condolências prestadas pelos parlamentares às famílias de
Camila Galdino de Toledo, de 29 anos, e Diego Fernando Pinto, de 33 anos,
assassinados a tiros na madrugada deste domingo (10) em um bar no bairro
Pauliceia.
De acordo com notícias veiculadas na imprensa, o suspeito do
feminicídio é o ex-namorado da jovem, que fugiu do local após o crime. Diego,
dono do estabelecimento, foi morto ao tentar intervir.
A violência contra a mulher foi igualmente tematizada na tribuna
popular pela oradora Elisangela Pauli Tibet, presidente do Conselho Municipal
da Mulher, que destacou que as agressões físicas fazem parte de um universo de
diversas outras violências, “micro agressões cotidianas”, manifestadas em
diversos aspectos, desde o medo em se usar determinada vestimenta ou circular
em certos pontos da cidade, até a falta de acesso a exames médicos e vagas em
escolas para os filhos.
O segundo expediente da 11ª Reunião Ordinária foi também
suspenso, com base no requerimento 17/24, de autoria da vereadora Rai de
Almeida (PT), para que a advogada, professora universitária e idealizadora do
“Projeto Heroica” falasse a respeito de estratégias voltadas ao combate à
violência contra as mulheres.
De acordo com ela, além do apoio jurídico e psicológico para que
as mulheres enfrentem as pressões e sobrecargas impostas pelos cuidados
maternais e pelos afazeres domésticos e laborais, - eixos do Projeto Heroica,
surgido em 2014 - é indispensável, também, que os serviços e equipamentos
públicos já disponíveis, como cursos de formação, cheguem às mulheres mais
necessitadas.
“Essa estrutura social está pesada demais para a mulher. Nós
temos que aliviar a carga de trabalho e a carga do medo”, disse Simone.
Além disso, segundo a advogada, existem pesquisas qualitativas e
quantitativas em âmbito municipal que apontam os locais com maiores incidências
de casos de violência, e que devem ser priorizados como focos de atuação do
poder público.
“Precisamos pegar esse mapa e atuar, usar a máquina pública para
estar nesses lugares, privilegiando os bairros com maiores índices de
violência”, falou.
Texto:
Câmara Municipal de Piracicaba
Publicação:
Enzo Oliveira/ MTV