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Em nota, o governo de Ricardo
Nunes (MDB) considerou a paralisação uma ‘agenda político-partidária’.
Os profissionais da rede
municipal de ensino de São Paulo estão em greve, desde o dia 8 de março, por
reivindicação de aumento salarial e melhorias na carreira docente. A
paralisação envolve professores, e demais gestores, como diretores,
coordenadores pedagógicos, supervisores e agentes escolares.
O governo Ricardo Nunes (MDB)
encaminhou, na quarta-feira 13, um projeto de lei à Câmara Municipal de São
Paulo onde propõe um reajuste de 2,16% sobre o piso salarial, e 3,62% de
reajuste nos abonos complementares.
Segundo o Sindicato dos
Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo, o Sinpeem, a
proposta do governo está aquém da desejada pelos profissionais da educação.
“O índice de reajuste para
valorização dos pisos está muito aquém do reivindicado e até mesmo menor do que
a inflação dos últimos 12 meses”, mencionou o órgão em nota divulgada em seu
site.
A categoria reivindica um
reajuste de 39%, que considera não só um reajuste salarial, mas também a
incorporação de abonos complementares, concedidos a profissionais que ganham
abaixo do piso, mas que não foram incorporados aos padrões de vencimento, por
isso, acabam não sendo contabilizados para calcular benefícios, como a
aposentadoria.
Na terça-feira 19, o sindicato
vai fazer uma manifestação e assembleia geral, às 12h, em frente à Prefeitura,
e depois os trabalhadores devem seguir em caminhada até a Câmara Municipal. A
paralisação é coordenada pelo Sinpeem, em conjunto com outros dois sindicatos,
o Sinesp e o Sedin.
Em nota encaminhada à
reportagem, a Secretaria municipal de educação apontou que ‘lamenta que os
sindicatos se pautem por uma agenda político-partidária completamente
desvinculada do compromisso com o atendimento das crianças ao serviço essencial
que é a Educação’.
Acrescentou ainda que a
proposta de reajuste na remuneração de 2,16% considera a inflação medida pelo
índice IPC-Fipe, para o período de maio/23 a fevereiro/24 e inclui também o
vale-alimentação e o auxílio-refeição.
Destacou que não há
autorização para suspensão das atividades nas unidades educacionais e que
ausências não justificadas serão descontadas, conforme a legislação. Ainda de
acordo com a secretaria, na quarta-feira 13, apenas 3,4% das unidades
educacionais não tiveram atendimento. A orientação da pasta é a de os
responsáveis pelos alunos acionem a Diretora Regional de Educação da região em
caso de escola sem atendimento.
Texto: Ana Luiza Basílio -
Carta Capital
Publicação: Enzo Oliveira/ MTV