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Divulgação
A
qualidade da educação em Piracicaba caiu 25 posições em âmbito nacional entre
2022 e 2023. Este foi o pior resultado do ano passado medido pelo Ranking de
Competitividade dos Municípios 2023, elaborado pelo CLP (Centro de Liderança
Pública) – o levantamento leva em conta 410 municípios brasileiros com
população acima de 80 mil habitantes. Também apresentou queda brusca, de 24
posições, o funcionamento da máquina pública. No ranking geral, a cidade saiu
do 21º lugar para o 23º. Todos os três pilares da pesquisa – Economia,
Instituições e Sociedade – tiveram quedas gerais no desempenho no comparativo
entre os anos de 26, 14 e cinco posições, respectivamente.
Dentro da base Sociedade, a Qualidade da Educação
foi mal de forma geral, apresentando recuo em todas as três áreas do Ideb
(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) para ensinos médio e
fundamentais (anos iniciais e finais) mais Enem (Exame Nacional do Ensino
Médio). Em ordem decrescente, o índice do ensino médio caiu 42 posições; o
Enem, 25; no fundamental para anos iniciais, seis posições; e o fundamental
para anos finais, recuo de três.
Já o item Acesso à Educação foi pressionado para
baixo devido à derrubada em matrículas no ensino superior (queda de 30
posições) mais a taxa de atendimento no ensino infantil (queda de 17 posições)
– o recuo total deste item foi de nove posições frente a 2022.
Agora quanto ao Funcionamento da Máquina Pública,
o tema já é bem conhecido e muito debatido na Câmara de Vereadores: a pressão
aqui foi no tempo de abertura de empresa junto à prefeitura (queda de 115
posições), deixando Piracicaba na rabeira em 368º lugar dentre os 410
municípios do levantamento. Este é o resultado da remodelação de secretarias
municipais no fim de 2022 e implantação do Piracicaba Sem Papel, ações
realizadas pelo prefeito Luciano Almeida (PP).
FOI MAL
TAMBÉM
Dentro da base Economia, Inovação e Dinamismo
Econômico caíram 18 posições em relação a 2022. Desempenhou mal aqui, com queda
de 128 posições, a falta de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) per
capita – quando é dividido todo o produzido em um local pelo número de
habitantes, ou seja, a cidade conseguiu produzir e/ou vender menos em setores
econômicos como serviços, industrias ou comércio. Em Inserção Econômica, a
movimentação de empregos formais teve recuo de 15 posições. Telecomunicações,
capital humano, segurança e acesso à saúde também apresentaram retrocesso no
ano passado frente ao ano anterior, com queda de 18 posições
REGIONAL
Na Região Metropolitana de Piracicaba, o ranking
apresenta um grupo de quatro cidades – todas elas têm como principal atividade
econômica o setor de serviços, seguido por indústrias de transformação.
Piracicaba teve a menor taxa de investimentos (razão entre os investimentos
liquidados e a receita corrente líquida da administração pública municipal), de
0,97%. O segundo pior resultado foi de Limeira, aos 2,91% – cidade com o mesmo
porte em faixa populacional. Rio Claro aparece com 3,97% e Leme, 7,34%. Em perdas
no sistema de distribuição de água, o município também liderou de forma
negativa, com índice de 54,56% – Leme 38,93%, Rio Claro 26,03% e Limeira 20,2%.
Em meio ambiente, a apuração também mostra Piracicaba caminhando mal para
recuperação de áreas degradadas de apenas 0,23% – Leme 0,34%, Limeira 0,66% e
Rio Claro 1,06%. O PIB per capita (R$ 66,72 mil) foi o que mais encolheu, em
-3,27% – foi mal também Limeira com -1,42% e, na mão contrária, ficaram Rio
Claro e Leme, com positivos 7,85% e 10,53%, respectivamente.
A prefeitura e secretarias municipais correlatas,
incluindo Semae, foram questionados pela redação e não prestaram quaisquer
esclarecimentos.
Texto:
O Diário Piracicabano
Publicação:
Enzo Oliveira/ MTV