Foto: Paulo Ricardo Santos/ TV
Metropolitana
Barjas Negri destacou a
importância de garantir um serviço de saúde de qualidade para todos os cidadãos
que dependem do SUS.
O candidato da “Coligação:
Piracicaba Merece o Melhor”, que reúne a Federação PSDB/Cidadania, MDB e PDT,
Barjas Negri, esteve na manhã de terça-feira (27) nos estúdios da
EPTV/Campinas, onde concedeu entrevista ao canal G1 Piracicaba e à rádio
CBN/Campinas. A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Sandra Lambert,
Roberto Pereira e Felipe Pereira. Durante a conversa, foram discutidos temas
como saúde pública, regularização fundiária, impugnação de candidatura,
mobilidade urbana, desastre ambiental e enchentes.
O jornalista Rodrigo Pereira
questionou Barjas sobre as terceirizações das UPAs realizadas pela atual
gestão. Barjas afirmou que o PSDB não é contra a terceirização, mas se opõe
firmemente a terceirizações que comprometam a qualidade dos serviços públicos.
Ele criticou a terceirização "apressada" de duas UPAs pela
administração atual, apontando que a UPA da Vila Sônia foi terceirizada de
forma inesperada, resultando em uma série de reclamações da população. "Se
for necessário, o contrato deve ser interrompido, mas o mais importante é
garantir que o serviço seja prestado com qualidade.
O que não pode acontecer é
deixar de atender bem os piracicabanos que dependem do SUS", declarou.
Barjas também mencionou a criação do Ambulatório Médico de Especialidades, que
posteriormente foi terceirizado para a Unicamp, sem gerar reclamações por parte
da população. "Da mesma forma, construímos o Hospital Regional sem
qualquer tipo de financiamento externo, utilizando os recursos dos impostos
pagos pelos piracicabanos. Posteriormente, articulamos com o governo do Estado
e com a Unicamp para terceirizar a gestão do hospital para a Fundação da
Unicamp. Esse modelo está funcionando há cinco anos sem nenhuma queixa, ao
contrário do que se observa nas UPAs", ressaltou Barjas.
O jornalista Felipe Pereira
questionou Barjas Negri sobre os pedidos de impugnação de sua candidatura.
Barjas respondeu que considera esses pedidos como meras estratégias de seus
adversários políticos. "Tenho 40 anos de vida pública e, ao longo desse
tempo, assinei cerca de 30 mil contratos ou convênios. Desses, tive problemas
com apenas três, e nenhum deles envolveu desvios de recursos públicos, danos ao
erário ou enriquecimento ilícito. Nossos advogados já recorreram, e estamos
confiantes de que nossa candidatura será deferida.
Eu já esperava que os outros
candidatos adotassem essa estratégia, pois as pesquisas, sejam elas boas ou
ruins, me colocam com 40% ou mais das intenções de voto. Se não recorrerem a
essas táticas, a possibilidade de não haver segundo turno em Piracicaba é
bastante alta", afirmou. Barjas também destacou que há uma decisão
definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável à sua candidatura,
reforçando a legitimidade de sua participação nas eleições. Os jornalistas
também abordaram a questão da habitação. Barjas Negri destacou as iniciativas
de regularização fundiária e urbanização de favelas que implementou em suas
gestões anteriores como prefeito de Piracicaba, e afirmou estar disposto a
repetir essas ações em relação a algumas favelas que surgiram após a pandemia.
“Muitas pessoas perderam seus empregos e sua renda durante a pandemia. Já se
passaram quatro anos, e o atual prefeito não tomou nenhuma iniciativa para
regularizar essas áreas. Se eu voltar a ser prefeito, vamos resolver essa
situação”, afirmou Barjas.
Ele também mencionou a
Comunidade Renascer, destacando que é uma área particularmente difícil de
regularizar. “Para resolver essa questão, a prefeitura precisará desapropriar a
área e fazer o pagamento correspondente, e eu estou disposto a tomar essa medida”,
enfatizou Barjas. Além disso, Barjas afirmou que, se eleito, se comprometerá a
levar água potável e serviços de coleta de esgoto para todas as comunidades que
ainda não têm acesso a esses serviços essenciais. Sobre mobilidade urbana,
Barjas Negri afirmou ser cauteloso quanto a desapropriações para a realização
de grandes obras. “Eu tenho a oportunidade de destacar o que fizemos há dez
anos, planejando o que seria necessário 20 anos depois.
Construímos novas pontes sobre
o rio Piracicaba, novos viadutos, ampliamos avenidas e criamos novas vias, tudo
isso sem a necessidade de desapropriações. Atualmente, temos um grupo de
trabalho analisando o que mais pode ser feito, como a implementação de
rotatórias para melhorar o fluxo de veículos e a instalação de um sistema de
semáforos inteligentes, entre outras ações”, declarou Barjas.
Os jornalistas também
questionaram Barjas Negri sobre a mortandade de peixes ocorrida em julho deste
ano no rio Piracicaba, considerada um dos maiores desastres ambientais da
região. Barjas afirmou que a responsabilidade pela prevenção de problemas como esse
recai mais sobre o governo do Estado do que sobre o município. "Prefeitos
de Piracicaba, como eu, Mendes Thame, Humberto de Campos e José Machado, sempre
se empenharam em realizar a coleta e o tratamento do esgoto, contribuindo para
a despoluição do rio.
Essa é a principal
contribuição que o prefeito pode oferecer. No entanto, a fiscalização cabe à
Cetesb, que possui os instrumentos legais e as legislações necessárias para
isso", explicou. Barjas também enfatizou o papel dos deputados estaduais
eleitos por Piracicaba, afirmando que, além de tirar fotos com o governador,
eles devem atuar na Assembleia Legislativa para abrir uma CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) ou uma Comissão de Estudos para investigar o
ocorrido. "Os parlamentares de Piracicaba e da região têm a obrigação de
defender o nosso rio, identificar os responsáveis e agir para que isso não se
repita.
Não adianta apenas multar a
usina envolvida; é preciso garantir que medidas preventivas sejam adotadas para
evitar futuros desastres", concluiu Barjas. Outro tema abordado pelos
jornalistas foram as enchentes. Barjas Negri comentou que, durante seu mandato
como prefeito, contratou um estudo da Universidade Federal de São Carlos, que
indicou a necessidade de construir barragens e tubulações na avenida 31 de
Março. No entanto, segundo o estudo, essas obras não resolveriam o problema de
forma definitiva. "Esse projeto comprometeria significativamente o
orçamento de Piracicaba e, mesmo assim, só resolveria cerca de 70% do problema.
Em caso de uma chuva muito forte, as enchentes ainda ocorreriam", explicou
Barjas
Texto: Assessoria
Publicação: Enzo Oliveira/ MTV