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Quando pensamos que o
governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas e seus aliados
chegaram ao limite dos ataques contra os direitos do povo paulista, são capazes
de realizar novos e graves ataques.
É o caso do projeto de lei
672/2024, de autoria do deputado Leonardo Siqueira, do Partido Novo, que atua
na base de apoio do governador na Assembleia Legislativa, instituindo cobrança
de mensalidades nas universidades públicas do Estado de São Paulo, por meio de
um tal SIGA - Sistema de Investimento Gradual Acadêmico. O projeto foi
protocolado na terça-feira, 17/9.
Antes deste, o deputado
bolsonarista Lucas Bove, do PL, havia protocolado o Projeto de Lei 1202/2023,
que também propõe a cobrança de mensalidades nas universidades públicas
estaduais.
É este o programa bolsonarista
para a Educação paulista, desde a creche até o ensino superior: cortar
direitos, retirar investimentos, fazer a população pagar duplamente pelo
direito constitucional de estudar, por meio de impostos, mensalidades, privatizações.
O governo Bolsonaro e seus apoiadores não têm nenhum compromisso com a
qualidade do ensino, nem com o futuro do povo Paulista.
Cada cidadão e cada cidadã
paulista, seus filhos e filhas, tem o direito constitucional de acesso à
educação pública, gratuita, laica, de qualidade. Não há que pagar nenhum tipo
de taxas ou mensalidades, porque cada um e cada uma já pagam seus impostos compulsoriamente,
não apenas descontado diretamente nas fontes de renda, mas também por meio do
consumo de produtos e serviços.
O objetivo claro desta
iniciativa é impedir que os filhos e filhas da classe trabalhadora possam
estudar em universidades públicas, já que não teriam recursos para custear o
pagamento das mensalidades.
Esses deputados, juntamente
com os demais integrantes da bancada de sustentação de Tarcísio de Freitas na
ALESP, apoiam e votam favoravelmente em projetos como o corte de R$ 10 bilhões
(em valores atuais) da Educação. Trata-se da PEC 9/2023, aprovada pela maioria
governista na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da ALESP e contra a
qual lutaremos até o fim.
O governo Tarcísio de
Freitas/Renato Feder, também quer privatizar escolas estaduais (atuais e
novas), por meio de parcerias público/privadas, atacando o caráter público
dessas instituições para beneficiar empresários, muitos deles talvez seus
financiadores de campanha. Esta também é uma luta que exige a mobilização da
sociedade.
A APEOESP, com grande apoio do
nosso mandato popular, conseguiu uma vitória histórica na justiça, com a
suspensão do Programa Estadual de Escolas Cívico-Militares, aprovado pela
maioria bolsonarista na ALESP, em maio deste ano, sob violenta repressão da
Polícia Militar contra os manifestantes que defendiam a escola pública, com
gestão democrática e pluralidade de ideias e concepções pedagógicas.
O amplo acesso ao ensino
superior é fundamental para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, bases
para o crescimento sustentável do município, do estado e do país.
Em Piracicaba, onde tenho a
honra de disputar a eleição para a Prefeitura Municipal, a nossa proposta é
garantir creche e escolas em período integral para todos e valorização dos
profissionais da educação, inclusive com o devido pagamento dos que atuarem
para que as creches funcionem em horário estendido para atender as mães
trabalhadoras, assim como estamos lutando pela instalação de uma universidade
federal, pública e gratuita, no desativado Campus Taquaral da UNIMEP. Como,
então, poderíamos nos calar diante de absurdos projetos que querem obrigar
estudantes a pagarem mensalidades em universidades públicas no estado de São
Paulo?
Tais projetos são
inconstitucionais. Nosso mandato popular, juntamente com as entidades
representativas dos docentes e funcionários, dos estudantes, com a APEOESP,
centrais, sindicatos e movimentos sociais, vamos derrotar esses ataques.
Artigo
de Professora Bebel - Deputada Estadual pelo PT, segunda presidenta -
licenciada - da APEOESP e candidata a prefeita de Piracicaba