Foto: Arquivo Pessoal
Ícone da publicidade, ele foi
responsável por campanhas históricas e acumulou prêmios em sua carreira.
O publicitário Washington
Olivetto, um dos nomes mais influentes e premiados da propaganda brasileira,
morreu neste domingo (13), aos 73 anos. Internado por quase cinco meses no
hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, Olivetto faleceu em decorrência de complicações
pulmonares, que evoluíram para falência múltipla de órgãos. Seu trabalho e
estilo criativo transformaram a publicidade nacional, tornando-o uma figura
icônica do setor.
Responsável por criações
memoráveis como o garoto Bombril, o primeiro sutiã da Valisere e a Democracia
Corinthiana, Olivetto acumulou mais de 50 Leões no Festival de Cannes, além de
ter sido o único latino-americano a ganhar um Clio, em 2001. Ele iniciou sua
carreira aos 18 anos e, ao longo das décadas, ajudou a moldar a publicidade
brasileira, sempre mesclando irreverência e sensibilidade.
Olivetto era um publicitário
que não se limitava ao mundo corporativo. Seu apreço pela simplicidade e pelo
que chamava de “útil ao fútil” o fez frequentar tanto bares populares quanto
eventos sofisticados, sempre misturando suas experiências de vida em suas
criações. Essa abordagem multidimensional o tornou um narrador carismático de
si mesmo, um garoto-propaganda que sabia se vender e vender suas ideias com
maestria.
Criador de comerciais
icônicos, como o cachorro da Cofap e o casal Unibanco, ele se destacava não
apenas pela inovação, mas também pela profundidade de suas mensagens. Além
disso, foi vice-presidente de marketing do Corinthians e um dos idealizadores
da Democracia Corinthiana nos anos 1980, movimento que se tornou um marco de
resistência política e social no futebol brasileiro.
Washington Olivetto deixa sua
esposa, Patricia Viotti, e três filhos: Homero, Theo e Antonia. Seu legado vai
além das campanhas publicitárias, sendo lembrado como um visionário que
redefiniu o conceito de propaganda no Brasil, sempre com um toque de humor e
humanidade. Sua morte encerra um capítulo brilhante na história da publicidade
mundial.
Texto: Folha de São Paulo
Publicação: Enzo Oliveira |
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