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A Apeoesp encaminho ofício à Secretaria Estadual da Educação, nesta semana, solicitando a intervenção junto ao DPME (Departamento de Perícias Médicas do Estado), questionando perícias médicas que estão prejudicando professores da rede estadual de ensino.

De acordo com a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual piracicabana Professora Bebel (PT), a entidade continua recebendo constantes denúncias de tratamento desumanizado e desrespeito aos direitos dos professores ingressantes e demais professores por parte de médicos peritos do Departamento de Perícias Médicas do Estado, assim como por parte de médicos dos consultórios conveniados.

Segundo a parlamentar, professores ingressantes que já ministram aulas há muitos anos na rede estadual de ensino estão sendo considerados inaptos para o exercício da profissão, com base em avaliações excessivamente rigorosas e, em muitos casos, avaliações subjetivas dos peritos. Conforme Bebel, ainda, as informações dão conta que em alguns casos, estão sendo solicitados novos exames ou a repetição dos exames apresentados, muitos deles dispendiosos e demorados, o que pode inviabilizar o ingresso do professor. “Subsedes e diretores da Apeoesp também receberam denúncias a respeito de atitudes grosseiras por parte dos médicos peritos, inclusive de casos em que o perito fez chacota de professoras e professores que se encontram acima do peso”, conta, ressaltando que essa condição não impediu que até o momento esses professores ministrassem aulas de qualidade nas escolas estaduais, contratados de forma temporária.

No ofício em que apela para que cessem este tipo de procedimento, a Apeoesp cita alguns casos que configuram, na opinião da Professora Bebel, abusos por parte de médicos peritos. “Além dos casos envolvendo professores ingressantes, o DPME há anos vem adotando procedimentos que prejudicam professores e professoras efetivos e temporários que atuam na rede estadual de ensino, obrigando docentes com doenças graves a permanecerem nas salas de aula, sendo negadas, canceladas ou dificultadas licenças médicas e readaptações.

Exigimos mudanças nesses procedimentos. Além dos recursos a que têm direito, as professoras e os professores prejudicados devem registrar seus casos no Rede de Ouvidorias do Estado (https://www.ouvidoria. sp.gov.br/Portal/Default.aspx), assim como procurar o departamento jurídico da Apeoesp nas suas subsedes, para providências cabíveis, inclusive ajuizamento de mandado de segurança”, orienta Bebel.

Texto: Assessoria

Publicação: Enzo Oliveira | MTV

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