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Em audiência pública no STF
(Supremo Tribunal Federal), nesta última terça-feira, 22 de outubro, a segunda
presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT) afirmou que a
escola é um local de persuasão, convencimento e educação, ambiente que não
combina com a presença de militares.
A audiência pública que
debateu o Programa Escola Cívico-Militar no Estado de São Paulo foi convocada
pelo ministro Gilmar Mendes, relator das Ações Diretas de Inconstitucionalidade
(ADIs) 7662 e 7675, apresentadas, respectivamente, pelo PSOL e pelo Partido dos
Trabalhadores contra a lei paulista que institui o programa nas escolas
públicas estaduais e municipais de educação básica.
Na audiência pública, em que o
ministro Gilmar Mende colheu informações técnicas e especializadas para
subsidiar os ministros no julgamento do caso, a Professora Bebel declarou que é
preciso resolver o problema crônico do não investimento na educação pública de
qualidade, desde a formação dos profissionais de educação à valorização da
categoria, abominando a proposta de escola cívico-militar que o governador
Tarcísio de Freitas quer impor no Estado de São Paulo.
Bebel lembra que foi graças à
luta e mobilização da Apeoesp que foi suspenso esse absurdo. “Conquistarmos uma
liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo. No STF, pude, mais uma vez, fazer
a defesa veemente da educação pública, dos direitos dos estudantes, dos
profissionais da educação e da população, da Constituição Federal e das leis
educacionais que são conquistas civilizatórias da sociedade brasileira no bojo
da sua redemocratização, após 21 anos de ditadura civil-militar. Esse processo
de construção foi realizado com a mobilização da sociedade e como tal deve ser
defendido”.
A deputada estadual
piracicabana deixou claro que defende a Constituição Federal, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, do Plano Nacional e do Plano Estadual
de Educação. “Nenhuma dessas leis prevê escola cívico-militar. Da mesma forma,
não há escolas cívico-militares nos demais países, que é uma falácia no nosso
estado e no nosso país.
Defendo a sólida formação
básica para todos os nossos estudantes, a gestão democrática nas escolas e
educação pública, gratuita, laica, de qualidade, inclusiva, socialmente
referenciada, com valorização dos profissionais da educação, tudo isso que não
é contemplado e sim confrontado pelo projeto autoritário de escolas
cívico-militares. Continuarei sempre na luta em defesa da educação pública
brasileira”, escreveu em suas redes sociais.
Texto: Da redação
Publicação: Enzo Oliveira |
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