A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana elucidou o homicídio qualificado do empresário Davi Aires Costa, de 63 anos, encontrado morto nos fundos do Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP). Dois suspeitos foram presos, enquanto o mentor do crime permanece foragido.

Desaparecimento e descoberta do crime

Davi Aires Costa desapareceu no dia 12 de janeiro em Hortolândia (SP). Durante as investigações, movimentações bancárias suspeitas chamaram a atenção da Polícia Civil, levando a apurações mais profundas. No dia 18, um corpo com sinais de violência foi localizado no Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP), sendo posteriormente identificado como o do empresário.



Vítima Davi Aires Costa, de 63 anos


Dinâmica do crime

De acordo com a polícia, Davi foi atraído ao local sob o pretexto de participar de rituais religiosos. No local, foi rendido, obrigado a realizar transferências bancárias e foi torturado antes de ser assassinado. O empresário foi estrangulado com um “mata-leão”, empalado com um cabo de vassoura enquanto ainda estava vivo e, por fim, executado com um tiro na cabeça.



Local e cabo de vassoura usado no crime


Prisões e identificação dos envolvidos

Na tarde desta quinta-feira (30), mandados de busca e apreensão e prisão foram cumpridos em Sumaré, Hortolândia, Campinas e Vinhedo.

A partir da análise de dados telefônicos e financeiros, a DIG identificou e prendeu dois suspeitos.

Segundo a corporação, o autor dos disparos é conhecido como "Fucho". Ele é ex-funcionário e amigo pessoal da vítima, além de ser seguidor da mesma religião de matriz africana. Ele foi preso na residência de seu pai, em Campinas, onde confessou o crime e detalhou a participação de outros envolvidos.

Em vinhedo, uma recepcionista de 22 anos foi presa. Segundo seu depoimento, ela ajudou a submeter a vítima às torturas, ajudando a colocar um cabo de vassoura nas partes intimas do empresário, além de ter realizado uma das transferências bancárias.




O terceiro envolvido, o Pai de Santo “Tuta", de 26 anos, apontado como mentor do crime, segue foragido. Ele é morador de Campinas, e segundo a polícia, utilizava a religião de matriz africana para manipular e intimidar seus seguidores. Segundo "Fucho", o Pai de Santo teria ameaçado ele e seus familiares de morte, forçando-o a cometer o crime. No dia seguinte, os valores roubados foram imediatamente repassados para o mentor do crime.



Alisson Maurino Siqueira dos Santos, “Tuta”, suposto mentor do crime foragido


Motivação e conclusão

Há contradições nos depoimentos e a polícia segue apurando a motivação exata do assassinato.

A DIG de Americana segue empenhada na conclusão do caso e na prisão do último envolvido.

Publicado por: Enzo Oliveira | TV Metropolitana

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