
Nos dias 21 e 22 de fevereiro, no Rio de Janeiro, o Partido dos Trabalhadores, ao qual sou filiada e o único a pertenci desde a minha juventude, irá comemorar 45 anos de existência.
Nascido da iniciativa dos
sindicalistas, liderados por Luiz Inácio da Silva, nosso conhecido e admirado
presidente Lula, em conjunção com lideranças populares, militantes das
Comunidades Eclesiais de Base, intelectuais e personalidades comprometidas com a
democracia e os direitos da classe trabalhadora e da população e militantes
egressos de organizações progressistas e de esquerda, o PT nasceu para renovar
a política nacional como legítimo representante das trabalhadoras e dos
trabalhadores, dos camponeses e dos segmentos oprimidos da sociedade
brasileira.
O nosso PT nasceu das lutas populares. Nasceu e cresceu publicamente, à luz do dia, não no recôndito dos gabinetes. Sua organização e funcionamento, embora limitados pela legislação vigente, ainda sob ditadura militar, foram construídos em bases radicalmente democráticas, no sentido de que suas raízes estão profundamente firmadas nos princípios da ampla participação de seus filiados e militantes na definição de suas políticas, por meio de congressos, encontros, seminários, reuniões de diretórios, plenárias e outros espaços. Pessoalmente, lamento que já não existam os núcleos de base, que foram essenciais na constituição, funcionamento e crescimento do nosso partido nas primeiras duas décadas.
O PT se tornou referência para partidos de esquerda na América Latina em todo o mundo. Hoje, existem Partidos dos Trabalhadores em diversos países, inspirados na nossa experiência e na nossa trajetória no Brasil. Mais ainda, o PT se tornou exemplo de como um partido de esquerda, com um programa de transformação social, pode crescer na democracia, defendendo o regime democrático e chegar ao poder por meio de eleições democráticas. E o maior exemplo do compromisso do Partido dos Trabalhadores com a democracia é o fato de o nosso presidente Lula ter concorrido a três eleições antes de finalmente tornar-se presidente da República pela primeira vez, em 2003, e nunca ter contestado um resultado eleitoral ou tentado articular um golpe contra a democracia.
O PT também inovou na defesa dos direitos das mulheres, dos negros, da juventude, das pessoas LGBTQIA+, dos indígenas, dos quilombolas, das pessoas com deficiência, enfim, de todos os segmentos oprimidos, criando secretarias e setoriais específicos. Foi o primeiro partido a estabelecer cotas para as mulheres e para a juventude e, no governo, institui cotas raciais nas universidades e cotas nos concursos públicos. É do PT a primeira mulher a governar nosso país, a presidenta Dilma Rousseff, injustiçada por um golpe parlamentar e midiático em 2016 e que hoje brilha pela sua competência na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (BRICs), ao ponto de o governo russo abrir mão de seu direito de indicar um novo presidente, para que ela continue à frente do banco.
O governo do presidente Lula tirou o Brasil do mapa da fome em seus primeiros mandatos e, novamente, está resgatando milhões de brasileiros deste flagelo, que é o pior que pode atingir o ser humano. Não há espaço neste texto para falar de todos os avanços que nosso partido tem trazido para os brasileiros desde que conquistou a sua primeira prefeitura, Diadema, em 1982, com o modo petista de governar. Muita coisa mudou, mas não nosso compromisso de governar com o povo e para o povo.
Por isso me orgulho de pertencer ao Partido dos Trabalhadores e de fazer parte de sua bancada de deputados estaduais, eleita pela primeira vez em 2018, com 87.169 votos, e reeleita em 2022, com 155.983 votos. Agradeço a confiança depositada no nosso trabalho e continuarei sempre trabalhando pelo fortalecimento do PT, em defesa da democracia, da educação, dos serviços públicos e dos direitos de todas e todos.
Longa vida ao Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras!
Professora
Bebel é deputada estadual – PT e segunda presidenta da APEOESP
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Parabéns a Deputada pela intransigente luta pelos Professores. Pelos trabalhadores e pelo vigor de nossa democracia.