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A audiência pública da Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo, realizada na Câmara Municipal de Americana, na noite desta última
quarta-feira, nove de abril, reuniu deputados estaduais, vereadores e lideranças
de diversas cidades da região, como Piracicaba, Campinas, Americana, Novo
Odessa, Sumaré, Santa Bárbara d`Oeste e São Pedro, que fizeram duras críticas à
proposta do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de
instalação de cinco praças de pedágios na região. A audiência foi marcada e
coordenada pela deputada estadual piracicabana Professora Bebel (PT), que
lançou na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a frente contra novos
pedágios no Estado de São Paulo, e que apelou para a importância de uma grande
mobilização de toda região contra a proposta do governador do Estado de São
Paulo que deixará toda região “ilhada por pedágios”, com a colocação de três
praças de pedágios na SP-304, no modelo “free flow”, no trecho entre Piracicaba
a Americana, e mais dois na antiga estrada de Santa Bárbara d`Oeste, sendo um
deles no distrito de Tupi.
A audiência, realizada em conjunto com o mandato da
vereadora de Americana, Professora Juliana, e a deputada estadual Ana Perugini,
ambas PT, também contou com a participação do deputado estadual Paulo Batista
Reis (PT), além das vereadoras de Santa Bárbara d`Oeste, Ester Moraes (PV) e
Carlos Fontes (União Brasil), e das vereadoras de Piracicaba, Rai de Almeida
(PT) e Silvia Morales (PV), do mandato coletivo “A Cidade é Sua!”, assim como
de lideranças sociais dos diversos municípios e dirigentes sindicais, como Jair
dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas; do primeiro
presidente da Apeoesp, Fábio de Moraes, entre outros, como Emerson Cavalheiro,
presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e
Artefatos de Papel; Valéria Alves, do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de
Piracicaba e Bento Camilo dos Santos e Benedito Fernandes Duarte (Ditinho),
ambos do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano de Piracicaba, que
estiveram representando o Instituto Sindical de Piracicaba. A gerente da
Ceagesp, Ceceia de Lima Ferreira, falou dos impactos que a cobrança de pedágios
provocará no preço dos produtos agrícolas que vão parar na mesa da população e
que a proposta do governador está sendo criticada pelos produtores e
permissionários. Convidado, o governo
estadual não enviou representante, o que também foi criticado, uma vez que era
a oportunidade de dar satisfação à população.
Todos fizeram duras críticas à proposta de colocação das
praças de pedágios na região e destacaram a importância de uma grande
mobilização regional contra esta intenção do governador Tarcísio de Freitas de
privatizar a SP-304, que liga Piracicaba a Americana, já duplicada há 40 anos,
e que num trecho de 30 km irá receber três pontos de cobrança. “Temos que
mobilizar toda sociedade e cobrar dos prefeitos que se posicionem contra esta
medida que é rejeitada pela população. Pedágios, aqui não!”, disse Bebel, advertindo
que essa é uma “luta de gigantes”, mas que a população unida tem condições de
barrar estas cinco praças de pedágios que estão previstas para serem instaladas
após as eleições de 2026, com os leilões de privatização da rodovia acontecendo
em meados deste ano. “O governador quer vender todo patrimônio do Estado de São
Paulo e privatizar todas as rodovias paulistas”, criticou.
Caso as praças de pedágios sejam instaladas na SP-304, o
custo para se deslocar de Piracicaba a Americana será de R$ 8,09. É que o
governador Tarcísio de Freitas propõe instalar pórticos nos km 122, em
Americana; 144, em Santa Bárbara d’Oeste, e 154, em Piracicaba. A medida está
prevista no plano de concessão das rodovias da Rota Mogiana, que inclui a Luiz
de Queiroz. Os motoristas de automóveis simples deverão pagar R$ 2,78 em
Piracicaba, R$ 1,83 em Santa Bárbara e R$ 3,48 em Americana – os valores são
multiplicados conforme o tipo do veículo. Além disso, haverá dois pedágios na
antiga estrada de Tupi. “Serão colocadas cobranças em trechos pequenos, o que é
inadmissível”, diz a deputada Professora Bebel.
Para ajudar a pressionar o governo estadual a desistir da
ideia, Bebel defendeu que a população assine o abaixo-assinado online, lançado
pelo movimento “Educadores Unidos pelo Brasil”, que pode ser acessado através
dos links https://chng.it/qjzMbbCPjn ou bit.ly/4ib9mVH, assim como os físicos,
que tem um posto de coleta na Praça José Bonifácio, em Piracicaba, bem ao lado
do Poupatempo. “É importante que a população participe. Temos que mostrar a
nossa posição contrária a mais este ataque do governador Tarcísio de Freitas
contra a população paulista”, enfatizou a deputada estadual Professora Bebel.
Texto: Vanderlei Zampaulo
Divulgação: Mônica Araújo Nicoleti / TV Metropolitana
