Foto: TV Metropolitana

Apesar de o governador Tarcísio de Freitas ter anunciado o pagamento do Bônus Resultado para este próximo dia 25 de abril, sexta-feira, a Apeoesp denuncia que o governo omite que grande parte da nossa categoria não receberá nenhum centavo de bônus e que outra grande parcela receberá valores irrisórios. De acordo com a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), o governo anunciou o pagamento deste bônus desempenho para o dia 25 na tentativa de esvaziar a assembleia convocada pela Apeoesp, com greve, justamente para forçar o governador Tarcísio de Freitas a abrir negociação com a entidade e atender as reivindicações da categoria.

A assembleia estadual dos professores está marcada para as 16 horas, na avenida Paulista, em frente ao MASP, em São Paulo. “Para tentar esvaziar esta assembleia, o governo está jogando peso no volume total de R$ 544 milhões e no suposto pagamento de valores expressivos para cada professor e professora, o que não é verdade. É a farsa do bônus. Consulta ao provisionamento revela valores de R$ 1,00, R$ 13,00, R$ 20,00, R$ 82,00. Esse bônus visa dividir a categoria e não promove a valorização do Magistério, portanto, todos à assembleia”, defende Bebel.

Para a deputada, o princípio para pagamento do bônus contém uma injustiça, que é o atrelamento do valor a ser pago ao desempenho dos estudantes no SARESP, “como se esse desempenho pudesse ser atribuído única e exclusivamente ao trabalho dos professores. Em segundo lugar, não menos importante, professores devem ser remunerados com salário, não com bônus, abonos e gratificações. A injustiça se torna gritante quando diversos professores e professoras já comunicaram ao Sindicato que na consulta aos valores provisionados descobriram que seus bônus variam entre R$ 1,13 e R$ 82,00, como se esse fosse o valor que merecem receber pela sua dedicação ao magistério na rede estadual de ensino. Há exceções, com valores mais altos para poucos professores, sobretudo que ministram aulas em escolas PEI, submetidos a um regime de trabalho marcado pelo autoritarismo, assédio, jornadas extenuantes e diversas tarefas que vão muito além de suas obrigações profissionais”, destaca Bebel.

Para a segunda presidenta da Apeoesp, os professores devem dar uma resposta contundente, com a realização de uma grande e representativa assembleia. É fundamental que estejamos firmes e mobilizados para forçar o governo a negociar a nossa campanha salarial e atender as nossas reivindicações”, enfatiza.

Bebel ressalta ainda que estudos da subseção DIEESE/CEPES mostram que os salários dos professores estão extremamente defasados, seja em relação ao piso salarial nacional, ao salário mínimo, à cesta básica, a meta 17 do PNE/PEE ou qualquer outro referencial. “Portanto, a luta salarial é central. Reivindicamos reajuste imediato do piso nacional de 6,27% no salário base. Ao mesmo tempo, reivindicamos um plano de recuperação do poder de compra dos nossos salários. Além da luta contra o arrocho salarial, a categoria também quer o fim do autoritarismo, do assédio moral e das péssimas condições de trabalho, que estão adoecendo professoras e professores”, completa.


Publicado por Danilo Telles / TV Metropolitana

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