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Categoria volta a se reunir em assembleia, na sexta-feira, 9 de maio.

Na audiência online de conciliação promovida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo entre o governo do Estado e a Apeoesp terminou com a suspensão da ação judicial movida pelo governo por 20 dias, para que possam ocorrer negociações entre as partes, medida que será avaliada pela categoria em assembleia marcada para esta próxima sexta-feira, nove de maio, às 16 horas, na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação.

A audiência de conciliação ocorreu na tarde desta última segunda-feira, 05 de maio, e para pressionar o governo estadual retomar as negociações da campanha salarial dos professores, as subsedes da Apeoesp, como a de Piracicaba, promoveram manifestação em frente às Diretorias de Ensino, inclusive foi protocolado ofício contendo as reivindicações centrais e reafirmando a pauta protocolada em fevereiro, enquanto representantes do governo estadual e da entidade se reuniam com o Tribunal de Justiça,

Para a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), é fundamental que as negociações sejam retomadas, visando buscar melhorias na proposta. É que o governo estadual encaminhou à Assembleia Legislativa o PLC 12/2025, que institui reajuste de 5% para o Magistério, assim como para outras carreiras. “Esse índice é insuficiente! O reajuste do piso nacional foi de 6,27%, a inflação acumulada desde o último reajuste é de 8,5%, o reajuste necessário para o cumprimento da meta 17 do PNE é de 41,3% e para o cumprimento integral do piso salarial nacional, de 87%”, diz.

A Apeoesp reivindica a ampliação deste reajuste, rumo ao cumprimento integral do piso salarial profissional nacional, além do atendimento das demais reivindicações. Os professores também reivindicam o fim do autoritarismo e assédio moral contra a categoria, e a climatização de todas as salas de aulas em função do calor que tem afetado todo Estado de São Paulo e prejudicado tanto estudantes como professores. 

Também é reivindicado um plano de recuperação do poder de compra de nossos salários, atribuição de aulas presencial, justa e transparente, fora das férias dos professores, convocação de 44 mil professores concursados, revisão das regras do estágio probatório,  direito dos professores se alimentarem nas escolas, regras justas para a recondução dos professores, melhores condições de trabalho e de aprendizagem nas escolas, reabertura das classes fechadas, com garantia de vagas aos estudantes, enfim, a valorização do magistério e uma escola pública de qualidade para todos.

Ficou estabelecido que uma omissão técnica entre a Apeoesp e a Secretaria Estadual da Educação começará a analisar mudanças no processo de atribuição de aulas, que vem sendo caótico e injusto. “Queremos atribuição de aulas, presencial, justa e transparente, fora do período de férias dos professores. A mesa permanente de valorização docente, para alterações na carreira também deverá ser nomeada. A carreira que queremos é aberta e atraente, para valorizar os professores desde o ingresso até a aposentadoria”, destaca a Professora Bebel.

Texto: Vanderlei Zampaulo

Publicado por Danilo Telles / TV Metropolitana 

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