Foto: Câmara Municipal de São Paulo

O Ministério Público Eleitoral de São Paulo (MPE-SP) solicitou a cassação dos mandatos de quatro vereadores do Partido Progressistas (PP), incluindo a notória Janaína Pascoal, sob acusações de fraude eleitoral e uso de candidaturas laranjas para cumprir a cota de gênero nas eleições de 2022.1 A ação, que pode reconfigurar o cenário político da capital paulista, foi movida pelos partidos Solidariedade, PT e pelo vereador Paulo Frange (MDB).

A investigação do MPE-SP aponta para cinco candidaturas femininas do PP que apresentaram votações irrisórias, ausência de movimentação financeira e nenhuma atividade de campanha aparente. Segundo o órgão, esses indícios sugerem que as candidatas foram usadas apenas para preencher a cota de gênero, uma exigência legal que visa promover a participação feminina na política.

Os vereadores Janaína Pascoal, Dr. Murillo Lima, Major Palumbo e Sargento Nantes estão agora sob a mira da Justiça Eleitoral. O MPE-SP pede não apenas a cassação de seus mandatos, mas também a anulação dos votos recebidos pelo PP, o que poderia levar à recontagem dos votos e à alteração dos resultados das eleições de 2022.

Em sua defesa, Janaína Pascoal argumenta que as candidatas realizaram atividades de campanha, como gravações de vídeos e participação em convenções partidárias. Ela contesta a alegação de candidaturas fictícias, sugerindo que a questão do apoio partidário deveria ser tratada entre o PP e a Justiça Eleitoral, e não com os candidatos.

No entanto, o MPE-SP mantém sua posição, sustentando que os indícios de fraude são robustos o suficiente para justificar a cassação dos vereadores.2 A decisão final está agora nas mãos do juiz eleitoral responsável pelo caso, que deverá analisar as provas e argumentos apresentados por ambas as partes. O desfecho dessa ação promete gerar grande repercussão no cenário político paulistano.

Publicado por Danilo Telles / TV Metropolitana

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