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ALESP REALIZARÁ SIMULADO DE SEGURANÇA APÓS 24 DEPUTADAS SOFREREM GRAVES AMEAÇAS

Publicada em: 06/06/2025 17:20 - São Paulo

 

Foto: Janaina Garcia / ALESP

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesppassará por um teste de segurança para avaliar seus protocolos em situações de risco, após as 24 deputadas estaduais receberem, no último sábado (31/5), um e-mail com ameaças de estupro e mensagens de cunho racista e capacitista. A Polícia Civil já investiga um homem de 28 anos, que teve celular e computador apreendidos, mas nega o crime.

 

A medida foi anunciada após uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (3/6), que contou com a presença de parlamentares, do presidente da Casa, André do Prado (PL), e representantes das polícias Civil e Militar, além do delegado responsável pelo caso. "O delegado informou o andamento da investigação. Ele nos garantiu que vai achar e responsabilizar quem de fato fez essas ameaças. A gente discutiu medidas para que as deputadas se sintam mais seguras no trabalho", afirmou a deputada Andréa Werner (PSBao Metrópoles.

 

O simulado visa identificar vulnerabilidades na segurança do parlamento e aprimorar o protocolo de entrada de pessoas na Alesp. Além disso, foram debatidas ações para reforçar a segurança individual das parlamentares, incluindo a possibilidade de uso de carro blindado em situações previstas pelo regimento.

 

As deputadas, de todas as vertentes políticas, divulgaram uma nota conjunta intitulada "não seremos silenciadas", onde alertam para a crescente ocorrência de "casos de violência política como esse, organizados por grupos na internet".

 

A deputada Andréa Werner, citada nominalmente no e-mail, expressou sua preocupação: "Fui uma das pessoas citadas nominalmente no e-mail, então, foi algo que me abalou muito. É o meu primeiro mandato. Me preocupo com a minha família. É óbvio que a gente se preocupa, ainda mais quando tem filho". Ela ressaltou que a sensação de segurança só virá com a identificação, prisão e processo do responsável. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deictambém está envolvido na apuração do caso.

 

A Deputada Piracicabana Professora Bebel disse que ameaças machistas e misóginas não a intimidam, "Não podemos aceitar e normalizar essas situações. Não apenas as mulheres, não apenas aquelas diretamente atingidas, mas toda a sociedade, mulheres e homens, precisam se insurgir contra esta violência, seja ela no âmbito da política, seja na esfera social e familiar. A democracia, a vida em sociedade, pressupõe respeito entre todas e todos, convivência, tolerância, respeito à pluralidade, diversidade, ideias diferentes. Nunca, jamais, a violência poder ser tolerada como instrumento de disputa política." concluiu a parlamentar.

Texto e Publicação: Danilo Telles / TV Metropolitana

 

 

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