Foto: Rubens Cardia / Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Piracicaba convocou uma reunião extraordinária para a próxima segunda-feira, 30 de junho, às 8h30, com o objetivo de votar o Projeto de Lei nº 136/2025.

Esse projeto é crucial para o remanejamento orçamentário que garante o pagamento da folha salarial dos servidores públicos. A medida veio após um pedido formal de 16 vereadores, mas ocorre em meio a manifestações da oposição que questiona a necessidade e a transparência da proposta do Executivo.

Entenda

O Projeto de Lei nº 136/2025 já havia sido aprovado em primeira discussão na última segunda-feira (23). No entanto, um pedido de adiamento inviabilizou sua votação em segunda discussão, realizada na quinta-feira (26), gerando um impasse sobre o pagamento dos servidores.

Nesta sexta-feira (27), os vereadores Rafael Boer, Gustavo Pompeo, Pedro Kawai, Felipe Gema, Alessandra Bellucci, Fábio Silva, Zezinho Pereira, Renan Paes, Ary Pedroso Jr., Edson Bertaia, Paulo Henrique, Gesiel de Madureira, Paraná, Josef Borges, Wagnão e Thiago Ribeiro, autores do pedido de extraordinária, defendem a celeridade na análise e votação da proposta. Para eles, a medida é fundamental para garantir transparência, segurança jurídica e o bom uso do dinheiro público, reforçando o compromisso da Câmara com a responsabilidade e a boa gestão.

Foto: Rubens Cardia / Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Piracicaba, por sua vez, reiterou em comunicado seu compromisso com os servidores e a população. A Casa Legislativa afirmou que, embora ciente da urgência do projeto enviado pela Prefeitura para garantir o pagamento da folha salarial, é seu dever analisar cada proposta com responsabilidade e seriedade. A presidência da Câmara, atendendo ao pedido, convocou a extraordinária para assegurar que nenhum servidor seja prejudicado, buscando uma votação rápida do projeto.

Oposição 

Em contrapartida, pela manhã desta sexta-feira (27), os vereadores de oposição Silvia Morales, André Bandeira, Rai de Almeida, Trevisan e Cássio Fala Pira se manifestaram em frente à Câmara. Eles se posicionaram contra o projeto da Prefeitura, argumentando que a proposta sugere o remanejamento de verbas da saúde e educação sem a devida transparência.

Segundo os parlamentares de oposição, o prefeito possui autorização legal para realizar o pagamento dos servidores por decreto, utilizando até 10% do orçamento sem a necessidade de aprovação da Câmara. Eles criticam o envio de um projeto considerado "incompleto" pelo Executivo, interpretando a ação como uma tentativa de transferir a responsabilidade ao Legislativo.

Foto: Divulgação

Os vereadores de oposição alertaram que há superávit de arrecadação e recursos suficientes para honrar a folha de pagamento sem prejudicar áreas essenciais. Eles pedem, ainda, que a população acompanhe as sessões e cobre transparência na gestão dos recursos públicos. "Tem dinheiro. O que falta é gestão e responsabilidade", reforçaram os vereadores.

Com a sessão extraordinária agendada, espera-se que o impasse sobre o pagamento dos servidores seja resolvido, mas o debate em torno da gestão orçamentária promete continuar acalorado em Piracicaba.

Texto: Danilo Telles / Jornalista

Publicado por Danilo Telles / TV Metropolitana