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A deputada estadual Professora Bebel (P)T), principal liderança do Partido dos Trabalhadores na região, participou ao lado do presidente Lula, nesta sexta-feira, 15 de agosto, no período da tarde, da inauguração da fábrica da GWM , em Iracemápolis. Bebel compôs a mesa principal da solenidade ao lado do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, assim como de Mu Feng, CEO da GWM global, e Parker Shi, presidente da GWM, de funcionários da fábrica e de outras autoridades.
A fábrica chinesa GWM já está gerando 700 empregos e até o início do próximo ano irá gerar pelo menos 1.300 diretos e cerca de 10 mil indiretos. A unidade arranca com a capacidade de produção de 50 mil carros por ano, mas a montadora chinesa anunciou planos de chegar a um volume de 250 mil a 300 mil veículos no Brasil, o que coloca no horizonte a possibilidade de novas etapas de expansão ou mesmo, embora sem confirmação oficial, de uma segunda fábrica no País. A GWM investiu R$ 4 bilhões na primeira fase, que vai até o ano que vem e inclui a compra das instalações em Iracemápolis. No período de 2027 a 2032 estão previstos investimentos de mais R$ 6 bilhões, elevando para R$ 10 bilhões o total investido.
Nesta fábrica são produzidos a picape Poer e dois utilitários esportivos, o Haval H9 e o Haval H6, este último um híbrido plug-in, tecnologia cuja bateria que alimenta o motor elétrico é carregada na tomadaic. As peças são importadas da China. Porém, durante a cerimônia e, antes, na visita de jornalistas às linhas, foi nítida a preocupação da montadora em ressaltar a diferença em relação à estratégia da BYD, que vai trazer da China automóveis parcialmente montados e que entrou numa polêmica com as montadoras tradicionais instaladas no Brasil ao tentar, sem sucesso, incentivos para importar esses veículos.
Além da armação das carrocerias, a pintura dos carros da GWM é feita em Iracemápolis, e os componentes são importados “peça a peça” – e não em kits pré-montados do sistema CKD -, o que, sustentam os diretores da marca, permite a substituição rápida dos componentes chineses à medida que a empresa avançar no conteúdo local. A montadora informou que já tem 18 fornecedores participando da produção e desenvolvimento dos primeiros veículos, incluindo multinacionais como Basf, Bosch, Continental, Dupont e Goodyear.
Texto: Vanderlei Zampaulo / Jornalista
Publicado por Danilo Telles / Grupo Metropolitana