Foto: Enzo Oliveira / MTV

Uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e do 1º BAEP de Campinas, deflagrada na manhã desta sexta-feira (29), desarticulou um plano da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de empresários para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho. O promotor vinha conduzindo a Operação Linha Vermelha, que investiga crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada.

Informações obtidas nos últimos dias indicaram que um dos investigados na Operação Linha Vermelha estaria associado a uma liderança do PCC, e juntos, teriam arquitetado e colocado em prática um plano para eliminar o promotor e prejudicar as investigações.

Ação rápida evitou a emboscada

Segundo as investigações, o grupo criminoso teria financiado a compra de veículos, armamento e a contratação de operadores para uma emboscada. No entanto, o plano foi descoberto a tempo pelo Ministério Público, que identificou os principais articuladores e financiadores.

A pedido do GAECO, o juiz da 4ª Vara Criminal de Campinas, Caio Ventosa Chaves, expediu três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão. Na Operação Pronta Resposta, equipes do BAEP e do Ministério Público de São Paulo (MPSP) cumpriram as ordens judiciais, resultando na prisão de dois empresários que atuam no ramo de veículos e transportes.

Um dos principais envolvidos, considerado um grande operador do tráfico de drogas no Brasil e integrante da "sintonia final" do PCC, está foragido há anos, possivelmente na Bolívia, de onde continua controlando as operações criminosas. As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos.

Em nota o MPSP disse que, “esta Procuradoria-Geral de Justiça vem a público para expressar o seu irrestrito apoio ao promotor Amauri Silveira Filho, alvo de um plano industriado por integrantes de facção criminosa com o objetivo de assassiná-lo. Por óbvio, esse suporte se estende a todo agente público que tem como missão colocar cobro naqueles que insistem em fazer da prática de delitos o seu meio de vida. Com apoio da Polícia Militar, o tentame foi contido por meio da Operação Pronta Resposta. Pronta resposta, a propósito, que será dada por nossa instituição a qualquer um que desafiar o Estado Democrático de Direito, cuja marca é o império da lei. A população paulista pode ficar tranquila. O eminente membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) seguirá firme na sua missão, defendendo de forma inflexível a ordem jurídica. Destemor é a marca dos promotores e procuradores do Ministério Público de São Paulo, que não recuarão sequer um centímetro no seu desiderato de cumprir as atribuições que lhe foram conferidas pela Constituição Federal!”

Assinada por Paulo Sérgio de Oliveira Costa 
Procurador-geral de Justiça

Texto: Danilo Telles / Jornalista

Publicado por Enzo Oliveira / Grupo Metropolitana