Foto: Rubens Cardia / Câmara de Piracicaba
O vereador Pedro Kawai (PSDB) se manifestou sobre a polêmica envolvendo a inclusão de artesãs na Feira de Artesanato do Engenho Central, após um servidor da Secretaria de Turismo sugerir que o pedido teria partido dele.
Em nota, o parlamentar negou veementemente qualquer envolvimento, classificando a declaração como mentirosa e afirmando que sua atuação é sempre em prol de toda a categoria.
A controvérsia ganhou um novo rumo após a divulgação de áudios de uma reunião, onde o servidor sugeriu que o pedido para a inclusão das artesãs na Feira do Engenho Central teria vindo de um vereador. Questionado por uma artesã presente, o servidor mencionou o nome de Pedro Kawai.
Em resposta, o vereador enviou uma nota de esclarecimento repudiando a acusação. Ele negou qualquer pedido de preferência individual e ressaltou que sua atuação sempre foi no sentido de "ampliar oportunidades de exposição para todos os artesãos", de forma democrática e transparente.
Kawai exigiu que as acusações sejam comprovadas, prometendo tomar "as medidas cabíveis" contra o que chamou de "acusações inverídicas".
Entenda o caso
A polêmica teve início com a insatisfação de artesãos locais, que alegam que a Secretaria de Turismo teria descumprido o Decreto Municipal nº 19.438/2023. Segundo os artesãos, a pasta incluiu quatro artesãs na Feira de Artesanato do Engenho Central em uma medida descrita como "transição" da Feira da Rua do Porto, sem a abertura de um edital público, o que levanta acusações de favorecimento.
Em carta enviada à Secretaria e à Prefeitura, a categoria solicitou um processo seletivo mais transparente, conforme previsto na legislação. Eles destacaram que, em anos anteriores, os editais garantiam critérios claros, o que contribuía para a inclusão e a legitimidade do processo.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Piracicaba emitiu uma nota negando as acusações. A administração municipal afirmou que a ação se trata de uma "definição de espaço de exposição" para artesãos já cadastrados, e não de uma inclusão de novos participantes, e que a medida visa "atender à pluralidade de técnicas artesanais". A prefeitura garantiu que a ação está amparada pelo mesmo Decreto Municipal, e que futuros processos seletivos para novas vagas seguirão os princípios de legalidade e transparência.
Texto: Danilo Telles / Jornalista
Publicado por Enzo Oliveira / Grupo Metropolitana