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Temperaturas mais altas e aumento da umidade, observados até março, criam condições favoráveis para reprodução e circulação destes animais em áreas urbanas

Piracicaba registrou 1.174 acidentes com escorpiões entre março e outubro deste ano, segundo dados da Vigilância Epidemiológica divulgados pela Prefeitura nesta terça-feira (11). Em todo o Estado de São Paulo, foram 423.446 notificações de acidentes com escorpiões até 11 de novembro, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta para o aumento no número de acidentes com escorpiões entre setembro e março, período marcado por temperaturas mais altas e maior umidade. O calor e as chuvas criam condições ideais para a reprodução e circulação dos animais, principalmente em áreas urbanas.

SINAIS E SINTOMAS

O principal sinal de alerta após a picada é a dor intensa e imediata no local. Em crianças de até 10 anos, sintomas como choro contínuo e vômitos podem indicar agravamento e exigem atendimento médico imediato.

TRATAMENTO

O início da soroterapia, quando indicada, deve ocorrer em até 1h30 após a picada. Em Piracicaba, o soro antiescorpiônico é disponibilizado gratuitamente pelo SUS na Santa Casa (Avenida Independência, 953, bairro Alto) e na UPA Vila Cristina (Rua Dona Anésia, 950, bairro Jaraguá).

PREVENÇÃO

Para reduzir o risco de acidentes, a Saúde orienta manter quintais e terrenos limpos, eliminar entulhos e materiais acumulados, vedar frestas, ralos e soleiras, e controlar a presença de baratas, principal alimento dos escorpiões.

Caixas, brinquedos e outros objetos devem ser guardados sempre fechados e em locais protegidos.

A Prefeitura também realiza desinsetização em bueiros, ação voltada ao controle de baratas nas ruas e avenidas do município. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) faz coletas semanais de escorpiões em cemitérios, enviando os animais ao Instituto Butantan, responsável pela coleta do veneno e produção do soro antiescorpiônico.

“Caso o munícipe consiga capturar o escorpião, deve entrar em contato com o CCZ. As ações educativas, como palestras, também são constantes”, informou a administração.

Outras informações e orientações sobre prevenção, educação e orientação sobre animais peçonhentos podem ser solicitadas pelo SIP 156 e, caso seja necessário, equipe do CCZ agendará uma visita ao local. O CCZ também pode ser acionado pelo telefone (19) 3427-2400.

Por: Enzo Oliveira | TV Metropolitana