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O ex-prefeito de Limeira, Mario Celso Botion (PSD), que atuava como diretor de Convênios na Secretaria de Governo do Estado de São Paulo, foi alvo da Operação "Coffee Break" da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (12), pedindo sua exoneração do governo estadual logo após a ação. A PF investiga suspeitas de fraude em licitações públicas, concentradas em contratos de Educação que somam R$ 10,7 milhões e teriam ocorrido durante a gestão de Botion em Limeira (2017–2024).

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A operação, que cumpriu mandados em São Paulo, Distrito Federal e Paraná, incluiu a apreensão de R$ 2,1 milhões e de dois veículos de luxo da família Botion, como dois Volvos XC 60. Um Corollas Cross e um Corolla Sedan também foram apreendidos, mas não foram confirmados sua origem.

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A Polícia Federal cumpriu 50 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas. Agentes federais estiveram na residência de Mario Celso Botion e na construtora MC Botion, além da sede da empresa Life Educacional, em Piracicaba (SP).

A Life Educacional foi a vencedora da licitação para fornecimento de kits de robótica, livros didáticos e licenças de tecnologia à Prefeitura de Limeira, contratos estes que levantaram as suspeitas de sobrepreço e superfaturamento.

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Os investigados podem responder por crimes como corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação ilegal e organização criminosa.

Mario Celso Botion divulgou uma nota à imprensa, afirmando que a contratação da empresa "transcorreu de forma regular e transparente, observando todos os princípios legais que referem a administração pública, em especial os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência".

A Secretaria de Governo de São Paulo informou que Botion foi exonerado a pedido logo após a operação e ressaltou que ele “não responde por nenhuma atividade estratégica” da gestão estadual.

A atual gestão municipal de Limeira informou que a atual gestão não renovou, no início deste ano, o contrato com a empresa Life Educacional, de Piracicaba, responsável pela venda do ‘kit robótica’, e não realizou em 2025 qualquer pagamento à referida empresa.

O contrato de kits de robótica é também alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Limeira, instaurada para apurar as mesmas suspeitas de sobrepreço e direcionamento de licitação.

A CPI, presidida pela vereadora Mariana Calsa (MDB) e com o vereador Estevão Nogueira (Avante) como relator, tem a primeira reunião ordinária marcada para a próxima sexta-feira (14).

Texto e Publicação Danilo Telles/Jornalista | Grupo Metropolitana