Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu, segundo fontes da Polícia Federal (PF), a tentativa de adulterar a tornozeleira eletrônica que utilizava. A confissão teria ocorrido logo após sua detenção e chegada à Superintendência da PF na madrugada deste sábado (22).
A tentativa de rompimento do equipamento, que, conforme a Jovem Pan noticiou, teria sido feita com o uso de um ferro de solda ou "fonte de calor", foi um dos motivos citados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para decretar a prisão preventiva do ex-presidente. A PF realizou perícia no material, confirmando o uso de calor no dispositivo.
A Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo STF. A decisão desta madrugada não marca o início do cumprimento da pena de reclusão definida anteriormente.
Em 11 de setembro, o STF condenou Bolsonaro, por 4 votos a 1, e sete aliados por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e deterioração de patrimônio tombado. A pena de Bolsonaro foi definida em 27 anos e três meses de prisão.
Apesar da condenação, a prisão imediata dos réus não havia sido determinada, pois a defesa ainda pode recorrer da decisão.
Na última sexta-feira (21), a defesa do ex-presidente havia protocolado um pedido a Moraes para que Bolsonaro cumpra sua pena em casa. Os advogados argumentam que o ex-presidente não teria condições físicas de ser encaminhado a um presídio comum devido ao seu estado de saúde, que "já se encontra profundamente debilitada".
No mesmo requerimento, a defesa avisou que pretende recorrer da condenação utilizando embargos infringentes no STF.
Após ser detido e ter a segunda tornozeleira retirada na Superintendência, Bolsonaro foi levado para uma "sala de Estado", espaço reservado para autoridades de alto escalão na PF.
Texto e Publicação Danilo Telles/Jornalista | Grupo Metropolitana