Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quarta-feira (25) a lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. A medida, considerada uma das vitórias do governo no Congresso em 2025, beneficiará cerca de 25 milhões de brasileiros a partir de 1º de janeiro de 2026.
Além da isenção total para a faixa de R$ 5 mil, o texto aprovado também prevê a isenção parcial do imposto para aqueles que têm renda de até R$ 7.350 mensais de forma escalonada, uma ampliação proposta pelo próprio Congresso Nacional.
A isenção da nova faixa salarial, uma das principais promessas de campanha de Lula, será compensada com uma maior taxação para aqueles contribuintes com renda anual superior a R$ 600 mil (acima de R$ 50 mil por mês). O presidente já declarou que a proposta corrige uma "grande injustiça" com os trabalhadores brasileiros.
A proposta havia sido aprovada por unanimidade tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal ainda neste mês.
A cerimônia de sanção no Palácio do Planalto não contou com a presença dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP). Ambos permaneceram em Brasília, mas cumpriram outras agendas durante o evento.
A ausência das duas peças consideradas essenciais para a aprovação unânime do projeto é interpretada como um sinal de tensão na relação atual entre o Palácio do Planalto e a cúpula do Congresso Nacional.
A relação entre o governo e a Câmara está particularmente estremecida. Recentemente, Hugo Motta rompeu com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), e acusa o partido de promover uma campanha negativa contra ele nas redes sociais. A relação do presidente da Câmara também está abalada com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
Texto e Publicação Fernando Moraes/Jornalista | Grupo Metropolitana