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DEFESA DE CÁSSIO LUIZ “FALA PIRA” SE PRONUNCIA SOBRE INQUÉRITO DE 2022 POR POSSE DE PORNOGRAFIA INFANTIL

Publicada em: 02/12/2025 18:57 -

Foto: Câmara Municipal de Piracicaba

Advogados de Cássio Fala Pira afirmam que conteúdo em celular era denúncia e foi esclarecido; Caso atual investigado pela DDM motivou manifestação.

A defesa do vereador Cássio Fala Pira, suspenso do mandato e preso temporariamente por acusações de crimes sexuais, manifestou-se publicamente nesta terça-feira (02) a respeito de uma reportagem que mencionava um inquérito policial aberto em 2022 por posse de pornografia infantil.

Em nota assinada pelos advogados Jonas Parisotto, José Osmir Bertazzoni e Rodrigo Corrêa Godoy, a defesa esclareceu que o material encontrado no celular do parlamentar, na época, se tratava de um conteúdo recebido por ele com o objetivo de realizar uma denúncia contra terceiros.

Segundo o comunicado, a localização do material ocorreu justamente porque o vereador utilizou a tribuna da Câmara para relatar o fato e anunciar que faria a denúncia, o que resultou na busca e apreensão de seu aparelho celular. A defesa garante que o vereador não possuía "nenhuma relação com o material encontrado", e que o fato teria sido esclarecido no inquérito policial ainda em 2022, sem gerar "nenhuma consequência judicial".

Os advogados expressam "estranheza" pelo inquérito de 2022 não ter sido concluído até a presente data.

"Nos causa estranheza um inquérito policial ser instaurado em 2022 e até a presente data não ser concluído. Ultrapassa a razoabilidade e proporcionalidade", diz a nota.

A defesa informou ainda que tomará "providências cabíveis" para verificar a razão da demora na conclusão do procedimento, argumentando que o "prolongamento injustificado" pode configurar constrangimento ilegal, o que pode ensejar o pedido de trancamento do procedimento investigatório.

O pronunciamento da defesa ocorre em meio às investigações atuais que culminaram na prisão temporária de Cássio Fala Pira no dia 9 de outubro. A prisão se deu após 12 mulheres registrarem boletins de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) com relatos de crimes sexuais atribuídos ao parlamentar.

Em 5 de novembro, a Justiça acatou o pedido da delegada responsável e prorrogou a prisão por mais 30 dias. Ainda não há uma definição sobre uma nova prorrogação da prisão temporária.

O vereador teve o exercício do mandato suspenso desde 13 de outubro. Atualmente, ele está detido na unidade prisional de Tremembé, local conhecido por abrigar réus famosos.

Procurada para comentar o caso mais antigo, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a ocorrência é investigada por meio de inquérito policial na Delegacia Seccional de Piracicaba, mas ressaltou que "demais detalhes serão preservados devido à natureza da ocorrência".

Texto e Publicação Danilo Telles/Jornalista | Grupo Metropolitana

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