Na terça-feira, 24 de
dezembro, o Ministério Público de São Paulo (MPSP), através do Grupo de Atuação
Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA), entrou com uma ação civil pública
contra a Prefeitura de Sumaré, acusando a administração municipal de não cumprir
os compromissos assumidos em relação ao despejo de esgoto no Ribeirão Quilombo.
A promotoria solicita a conclusão das obras de três Estações de Tratamento de
Esgoto (ETEs) e propõe o bloqueio de R$ 7,4 milhões nas contas da prefeitura,
além de multas diárias de R$ 1 mil ao prefeito e a outros agentes públicos
envolvidos.
A ação, que tramita na 2ª Vara
Cível de Americana, destaca que a prefeitura não disponibilizou as áreas
necessárias para a BRK Ambiental, concessionária responsável pelo saneamento
básico na cidade, o que tem levado a atrasos significativos nas obras que visam
beneficiar mais de 95 mil moradores. Em sua defesa, a administração municipal
alegou enfrentar dificuldades orçamentárias e tentou anular o contrato de
concessão, uma tentativa que foi rejeitada pela Justiça.
Das três estações prometidas, apenas a ETE Tijuco Preto teve obras iniciadas, apresentando até o momento 34% de execução, com previsão de conclusão em 2026. Atualmente, Sumaré trata apenas 26,4% de seu esgoto, um índice considerado alarmante pelo MP, especialmente em relação aos impactos ambientais no Ribeirão Quilombo, que atravessa cinco cidades da região. A situação levanta preocupações sobre a saúde pública e o meio ambiente, evidenciando a necessidade urgente de ações efetivas por parte da administração municipal.
Publicado por Danilo Telles | Jornalista da MTV