Levantamento realizado pela
subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de
São Paulo) mostra baixa adesão de alunos na volta às aulas presenciais,
retomada nesta última segunda-feira, 02 de agosto. O levantamento, realizado
pela subsede junto a mais de 80% das 68
estaduais pertencentes à Diretoria Regional de Ensino Piracicaba, revela que,
em média, foi de 10 alunos por sala de aula. Nesta terça-feira, 03 de agosto, a
subsede da Apeoesp recebeu diversas reclamações de pais de alunos e
professores, que não querem seus nomes revelados, alegando que foi constado
aglomeração de alunos na entrada, assim como o fato de que nem todas as escolas
estão fazendo a checagem da temperatura nos estabelecimentos de ensino.
A presidenta da Apeoesp, a
deputada estadual Professora Bebel (PT), diz que o secretário da Educação,
Rossieli Soares, insiste em promover a volta de todos os professores e
funcionários às escolas, mas ressalta que é facultativo para os estudantes e
que a entidade já ingressou na Justiça para que só sejam retomadas as aulas
presenciais nas escolas quando todos os profissionais da educação estiverem
devidamente vacinados, que haja controle da pandemia, e o estabelecimento de
efetivos protocolos de segurança para proteção à saúde e à vida de professores,
funcionários, estudantes e suas famílias.
Para Bebel, o resultado
dessa baixa adesão dos alunos nesse retorno precipitado já era previsível,
conforme revelou pesquisa realizada pela Apeoesp em parceria com o Instituto
Vox Populi, com professores, pais e estudantes das escolas públicas do estado
de São Paulo, apresentada na última sexta-feira, 29 de julho, apontando que
entre os pais 51,3% não querem o retorno e, entre os jovens de ensino médio,
44,1% também desaprovam. A pesquisa também mostrou que o receio da Covid-19 é
muito forte entre professores (85,6%), pais (81,8%) e estudantes do ensino
médio (75,1%).
A subsede da Apeoesp colocou
carro de som em circulação pelas ruas da cidade, com a mensagem de áudio
orientando pais e mães a continuarem não enviando seus filhos às escolas
durante a pandemia. Já com relação aos profissionais da educação, de acordo com
a própria Secretaria Estadual da Educação, é de que não devem comparecer quem
apresenta comorbidades e ainda não se encontram fora do prazo de 14 dias
decorridos da segunda dose da vacina e professoras gestantes.
Em suas redes sociais, a deputada Professora Bebel também tem postado inúmeros casos de escolas, em diversas partes do Estado, em que demonstram não estar preparadas para o retorno às aulas presenciais, por não apresentarem a estrutura mínima. A situação relatada já havia revelada na pesquisa Vox Populi, que demonstrou o estado de abandono da educação pública por parte do governador João Doria e pelo secretário estadual da Educação, Doria Rossieli.
Foto: Assessoria Parlamentar