Prefeitura
rompeu a parceria com o governo do estado para a implantação de um hospital
veterinário em Piracicaba
Os
motivos para a não assinatura da parceria com o governo do estado para a
implantação de um hospital veterinário em Piracicaba, a realização de uma
estimativa de custos, por parte da prefeitura, para eventual implantação do
hospital e quais providências serão adotadas pelo Executivo para a saúde,
proteção e bem-estar dos animais são questionados no requerimento 728/2021. De autoria do vereador Laércio
Trevisan Jr. (PL), o requerimento foi aprovado, em regime de urgência, durante
a 20ª reunião ordinária de 2021, na noite desta quinta-feira (5).
No texto do requerimento,
Trevisan Jr. ressalta que a Constituição de 1988 incumbe ao Poder Público
“proteger os animais para que não sejam expostos à crueldade, adotando ações
que lhes garantam o mínimo de dignidade”. O vereador destacou que muitas
famílias não possuem condições financeiras para custear a castração e o atendimento
médico veterinário dos seus animais, o que resulta em inúmeros casos de animais
doentes, sem nenhum atendimento e na falta de controle populacional de cães e
gatos, com muitos animais abandonados nas ruas.
Trevisan Jr. também questiona
no requerimento se a Secretaria Municipal de Saúde já analisou a possibilidade
de implantar o Programa Municipal de Atendimento Médico Veterinário - Hospital
Veterinário gratuito nas dependências do Canil, Gatil e Centro de Controle de
Zoonoses e quais seriam os investimentos necessários. Ele citou a lei
complementar 297/2013, de sua autoria, que adota o Plano de
Castração em que a prefeitura poderá realizar parcerias com empresas, ONGs e
associações locais.
“Gostaria de cobrar agora,
publicamente, essa questão do Executivo para que se não foi assinado por algum
motivo, que se faça um hospital no município, porque isso é necessário”,
declarou Trevisan Jr., na discussão do requerimento, durante a reunião
ordinária. Para o vereador, é fundamental “querer” e “fazer” um planejamento.
“Tanto o ser humano como o animal, é uma situação que o Executivo tem que ter o
olhar”, disse.
O vereador Pedro Kawai afirmou
que o rompimento da parceria foi uma decisão “equivocada” do prefeito. “Fala-se
de inviabilidade econômica, a gente não pode aceitar que Piracicaba não tem
dinheiro porque tem. O prefeito com seu estudo vai falar se é o suficiente ou
não” disse. Ele destacou que o programa “Meu Pet” e a adesão de Piracicaba se
deu por conta de uma grande mobilização política na cidade e se houvesse
mobilização no começo do ano, o hospital já estaria em obras.
Em aparte, a vereadora e protetora dos animais, Alessandra Bellucci (Republicanos), afirmou que os hospitais gastam três vezes mais numa consulta do que se contratassem uma empresa terceirizada. “Baseado nisso que se inviabilizou a vinda do hospital”, disse. Ela declarou que independentemente de hospital, vai lutar para que os animais tenham atendimento gratuito.