O movimento aconteceu em todo o Brasil.

 

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba, São Pedro, Águas de São Pedro, Saltinho e Região juntamente com o Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) participaram nesta quarta-feira (18) da mobilização contra a PEC 32 da Reforma Administrativa, contra a PEC 26 (minirreforma estadual) e contra a privatização dos bancos públicos, em frente à prefeitura de Piracicaba. 

 

A data marcou a greve nacional dos servidores públicos federais, estaduais e municipais contra a PEC 32 do governo federal de Jair Bolsonaro. Esta mobilização ocorreu em todos os Estados, com as Centrais Sindicais, Sindicatos e movimentos sociais, em apoio e em defesa dos Serviços Públicos. “Se esta reforma for aprovada, acabará a estabilidade dos servidores, colocando em risco o compromisso com o serviço público”, disse o sindicalista José Osmir Bertazzoni.

 

A abertura da mobilização e conscientização contra a PEC 32 foi feita pelo presidente dos Municipais, Valdir Sgrigneiro, que primeiramente agradeceu a presença de todos e pediu “fortalecimento às entidades para lutarem contra esta reforma administrativa, que precariza o serviço público e, consequentemente, toda a nação”.

 

O diretor administrativo do Sindicato, Osmir Bertazzoni enfatizou que o sistema administrativo do Brasil é um dos melhores do mundo, justamente pelos serviços públicos prestados. “Temos servidores públicos independentes, com autonomia para atender o cidadão, sem receber pressão de políticos e ou partidos políticos. A denominada estabilidade, que não é real, mas sim, a proteção contra a demissão imotivada, garante ao servidor que ele não será arbitrariamente demitido. Em contrapartida, ao povo outra garantia, muito maior, de que ele não seja atendido por um servidor que defenda interesses de políticos ou de seus partidos. É o atendimento do povo sendo garantido com imparcialidade”.

 

Bertazzoni destacou que o servidor público é a memória viva da cidade, conhece todos os equipamentos públicos, passando de geração para geração. “Nós não podemos ficar sem um servidor público, que seja independente e não alinhado ao político de plantão. O país pode e deve ser protetor e proprietário de seu próprio patrimônio. Nós não podemos ter um estado que não tenha nada a dar para o seu povo. Isso é uma falácia. É a iniciativa privada, o grande poder econômico, querendo tomar tudo que o povo brasileiro tem. Não podemos concordar com isso. Quem concordar, condenará as nossas futuras gerações a um fracasso total, a um país trágico, pobre e miserável”, contestou.

 

Para o vice-presidente do Sindicato, Alexandre Pereira, a PEC 32 é mais um ataque contra o trabalhador. “O servidor público já está há dois anos sem reposição da inflação, uma situação difícil, além das perdas salariais. A Pec 173 já tirou e congelou muitos direitos conquistados pelos trabalhadores. O servidor público tem que estar ativo, trabalhando, fazendo o seu melhor, independente do governo que esteja, e trabalhar com tranquilidade.”.

 

O presidente do SindBan, José Antonio Fernandes Paiva, foi enfático em seu discurso sobre o prejuízo que a PEC 32 traz na privatização dos bancos públicos e sobre os direitos conquistados pelos trabalhadores que estão sendo perdidos no governo de Bolsonaro.

 

Na mesma linha seguiu a vice-presidente, Angela Savian, dizendo que a “PEC do mal” é um descaso com os servidores públicos. “Não podemos de forma nenhuma permitir que os bancos públicos e as entidades públicas sejam entregues às empresas privadas. Patrimônio histórico do Brasil, como caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, os bancos dos estados, são eles que fomentam a economia do Brasil, ajudam os pequenos e grandes empresários, os negócios a evoluírem e terem um respaldo para que o Brasil possa se movimentar”, disse.

 

A mobilização levou representantes dos sindicatos: dos servidores Municipais, dos Papeleiros de Piracicaba; dos Empregados do Comércio de Piracicaba; das Indústrias Gráficas de Piracicaba e Região; dos Metalúrgicos; dos Bancários de Piracicaba e Região, dos Trabalhadores na Movimentação Mercadorias de Piracicaba e da Apeoesp. Além de lideranças estadual e municipal, do Conepir e da vereadora Rai de Almeida (PT).

 

Toda a manifestação foi transmitida ao vivo pelas redes sociais do Sindicato dos Municipais, com a direção de William DeLima e apresentação de Renata Perazoli.



Funcionários e dirigentes sindicais se reunirão em frente à prefeitura de Piracicaba/SP.


Fotos de Piracicaba: Imprensa - Sindicato dos Municipais de Piracicaba


Dia de paralisação contra os ataques aos serviços públicos tem adesão de mais de 50% dos professores.

 

O “Dia Nacional de Paralisação dos Servidores Públicos”, nesta quarta-feira, 18 de agosto, contra os ataques aos serviços públicos, teve a adesão de mais de 50% dos professores da rede estadual de ensino, conforme levantamento da Subsede em Piracicaba da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Para marcar a data, a Apeoesp promoveu no período da tarde, em São Paulo, na Praça da República, ato público em frente à Secretaria Estadual da Educação, em protesto ao Projeto de Lei Complementar 26/2021, do governador João Doria, que ataca direitos do funcionalismo público, reunindo milhares de professores de diversas regiões do Estado.

O “Dia Nacional de Paralisação dos Servidores Públicos”, organizado pela Apeoesp, de acordo com a sua presidenta, a deputada estadual Professora Bebel (PT), também é pelo descongelamento salarial; pelo reajuste de 29,25% para equiparação do piso nacional, contra o sucateamento e o aumento das contribuições para o IAMSPE, contra o confisco salarial de aposentados e pensionistas do Estado de São Paulo, em defesa dos serviços públicos de qualidade e contra a PEC 32, que da reforma administrativa, que tramita no Congresso Nacional.

Bebel diz que o governador João Doria demonstra que aplica no Estado de São Paulo a mesma política do presidente Jair Bolsonaro, “que pressiona o Congresso Nacional pela aprovação da PEC 32, a famigerada reforma administrativa, que acaba com a estabilidade, com os concursos públicos e com os direitos dos servidores públicos em nível nacional. Na realidade, o governador  antecipa no nosso Estado a reforma administrativa de Bolsonaro”, disse ela durante sessão virtual da Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta manhã de quarta-feira, 18 de agosto, chamando a atenção dos seus colegas de parlamento.

Para Bebel, “está em curso a destruição dos serviços públicos no Estado de São Paulo e no Brasil, porque retirar direitos dos servidores significa enfraquecer uma categoria que se dedica a atender a população, sobretudo a população mais pobre, em suas necessidades básicas, como saúde, educação, transporte, moradia, assistência social, justiça. Ao enfraquecer o serviço público, Doria, assim como Bolsonaro, quer abrir caminho para mais terceirizações e privatizações no âmbito do Estado”, enfatiza.

Com o PLC 26, na avaliação da presidenta da Apeoesp, o governador João Doria quer fazer do serviço público uma atividade que não atraia profissionais competentes, pelos baixos salários e redução de direitos, facilitando assim a transferência desses serviços para grupos privados, seja por meio das chamadas “organizações sociais”, convênios e parcerias, seja por meio de empresas, com terceirizações. “Dessa forma prevalecerá, não o atendimento de qualidade à população que mais precisa, mas o interesse do grupo privado a quem for transferida a prestação do serviço”, completa.



A deputada Professora Bebel, do carro de som, faz duras críticas aos governos Bolsonaro e Doria pelos ataques ao funcionalismo público.




A Professora Bebel cumprimenta professores ao chegar na Praça da República para participar do ato público.




Ato público reúne milhares de professores na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação.

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