Piracicaba
será sede da mais nova Região Metropolitana do Estado de São Paulo.
O Projeto
de Lei Complementar (PLC) do Executivo foi aprovado na quarta-feira, 18 de
agosto, pela Assembleia Legislativa (Alesp) e o governador João Dória irá
sancionar nesta terça-feira(24).
Segunda a
assessoria do prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, ele irá participar do
ato na capital paulista.
Com 24
municípios e cerca de 1,5 milhão de habitantes, esta será a oitava Região
Metropolitana do Estado. Além dela, o Estado já tem as seguintes Regiões
Metropolitanas: São Paulo, Vale do Paraíba e Litoral Norte, Ribeirão Preto,
Baixada Santista, Sorocaba, Campinas e São José do Rio Preto, esta última
aprovada pela Alesp no dia 10 de agosto passado.
Com 12
propostas de emendas, o PLC passou por apenas uma modificação – a retirada de
Laranjal Paulista da lista de cidades, mudança solicitada pelo próprio
município, cujo prefeito afirmou ter mais proximidade com a microrregião de
Botucatu.
Os 24
municípios que compõem a mais nova RM são: Águas de São Pedro, Analândia,
Araras, Capivari, Charqueada, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Elias Fausto,
Ipeúna, Iracemápolis, Leme, Limeira, Mombuca, Piracicaba, Pirassununga, Rafard,
Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Cruz da Conceição, Santa Gertrudes,
Santa Maria da Serra e São Pedro.
A proposta
aprovada hoje inclui na região de Piracicaba um Comitê Executivo e um conselho
de desenvolvimento. Formado por prefeitos, sociedade civil e representantes do
Estado, o conselho atuará na aprovação de metas e prioridades, no
acompanhamento de obras e empreendimentos, e na análise de projetos e questões
de interesse regional.
Outra
função do conselho será a aprovação e encaminhamento de um Plano de
Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) para o governo e Assembleia
Legislativa. Além disso, o organismo regional deverá propor alterações
tributárias e enviar propostas relacionadas ao Orçamento para o Executivo.
O governo
do Estado, com a provação da Alesp, está autorizado a criar o Fundo de
Desenvolvimento da Região Metropolitana de São José do Rio Preto. Este organismo
auxiliará financeiramente as ações conjuntas da unidade regional com o
financiamento de programas, obras e serviços, contribuição de recursos técnicos
e financeiros. Sob administração do governo do Estado, ele passará por
supervisão de representantes do conselho da região, da autarquia e de um
Conselho de Orientação.
De acordo
com a Constituição do estado de São Paulo, considera-se região metropolitana “o
agrupamento de municípios limítrofes que assuma destacada expressão nacional,
em razão de elevada densidade demográfica, significativa conurbação e de
funções urbanas e regionais com alto grau de diversidade, especialização e
integração socioeconômica, exigindo planejamento integrado e ação conjunta
permanente dos entes públicos nela atuantes”.
A criação
de Regiões Metropolitanas é resultado de um plano do governo fomentado a partir
de estudo feito em parceria com a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise
de Dados). Este estudo propõe a divisão do Estado entre 36 regiões
metropolitanas, aglomerados urbanos ou microrregiões.
O objetivo
com a criação da RM é dar mais poder às regiões paulistas por meio de planos de
desenvolvimento urbano integrado e de investimentos conjuntos dos governos
estadual e municipais, em projetos de abrangência regional.
O ato
aprovado pela Alesp permitirá que os municípios possam trabalhar em conjunto em
benefício da região, dentro de um planejamento regional e com maior eficiência
na aplicação de recursos públicos.