Foto: Cláudio Franchi/ Studio A MKT Digital/ Rádio Metropolitana de Piracicaba

 

Segundo os Comitês PCJ, a diferença de 0,3 metros cúbicos separa situação atual de 7 anos atrás.

A vazão do rio Piracicaba está muito próxima à da crise hídrica de 2014, quando chegou a 17,3 metros cúbicos por segundo. Segundo dados do CBH-PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), hoje, pelo rio que dá nome à cidade, correm 17,6 metros cúbicos de água por segundo. A situação é de alerta, informa o órgão que promoveu uma coletiva de imprensa ontem (terça-feira) para o anúncio da retomada das ações do GT (Grupo de Trabalho) de Estiagem. O Sistema Cantareira, do qual Piracicaba se beneficia também, está com 10 pontos percentuais menos de armazenagem frente ao período de estiagem de 2020, e também está operando em estado de alerta.


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O prefeito Luciano Almeida (DEM), que também ocupa o cargo de presidente do CBH-PCJ, participou do evento e foi o primeiro a falar. Ele pediu cooperação da população quanto ao uso consciente da água. Como solução, segundo ele, há estudos para uma barragem no rio Corumbataí – o principal leito de abastecimento para o consumo humano em Piracicaba, responsável por 90%. Atualmente, este rio é utilizado pelo município e outras dez cidades da região. O represamento está em estudos junto ao vice-governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e deve garantir água pelos próximos 100 anos.


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“Com o volume cada vez menor dos rios, nós estamos entrando num processo de emergência porque cada vez menos há vazão, e estamos chegando ao limite da captação. A solução é fazer uma barragem para não ter problema de abastecimento. Um grande projeto que vamos ter que começar”, diz o prefeito e presidente dos Comitês.


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Os outros 10% referentes à água para abastecimento público vêm do rio Piracicaba e de poços subterrâneos – metade para cada fonte. Segundo o prefeito, a captação de água do Piracicaba está interrompida porque a situação inviabiliza o tratamento para consumo humano. Ele admitiu que há uma redução na distribuição, mas disse que a cidade ainda não passa por racionamento – o que depende do regime de chuvas. Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella, a previsão é de que as chuvas sejam 50% menores até novembro.

Com informações Cristiane Bonin/JP


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