Capivara na Rua do Porto - Foto: Adriano Rizzo
O Parque da Rua do Porto será o local que
receberá o controle biológico, e foi escolhido porque possibilita um controle
melhor dos resultados por ser fechado.
A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente
(Sedema), inicia na próxima segunda-feira, 18/10, projeto-piloto de manejo em
locais com alto grau de incidência de carrapatos, com aplicação de
carrapaticida biológico para seu controle. O projeto começará pelo Parque da
Rua do Porto, que ficará fechado ao público, a partir do dia 18/10, por 90
dias, prorrogáveis, caso seja necessário. Uma das espécies de carrapato, o
carrapato-estrela, que tem como hospedeiro a capivara, é responsável por
transmitir a febre maculosa, doença que pode levar à morte (leia abaixo).
A escolha do local, em detrimento de outras áreas, foi feita porque o parque é
fechado, conforme explica o titular da Sedema, Alex Gama Salvaia. “Escolhemos o
Parque da Rua do Porto por ser um local fechado e, com o fechamento dos
portões, teremos certeza do resultado do teste, diferente de outras áreas de
espaço aberto, como a avenida Renato Vagner ou Cruzeiro do Sul. O prazo de
fechamento é sujeito à continuidade, sendo prorrogado até que possamos
solucionar os problemas. Se houver sucesso no teste, a intenção é replicar no
município todo”, reforça o secretário.
PREVENÇÃO – A febre maculosa é uma doença transmitida por uma bactéria,
por meio da picada do carrapato-estrela. A doença tem alto índice de letalidade
se não for diagnosticada há tempo. É própria do carrapato e é replicada pelo
hospedeiro. O carrapato transmite a bactéria e assim outros carrapatos são
contaminados e estes podem contaminar outros animais ou o homem.
O hospedeiro primário do carrapato estrela é a capivara, muito encontrada em
margens de rios, córregos e lagoas. Em Piracicaba estas áreas de maior risco de
incidência estão todas devidamente identificadas para que os visitantes tenham
consciência do risco. Toda extensão da margem do rio Piracicaba, desde o bairro
Monte Alegre até Artemis; as margens do Piracicamirim; a lagoa do Santa Rita e
a margem do rio Corumbataí são áreas consideradas críticas.
Por isso, se a população for pescar ou fazer um piquenique nestes locais é
fundamental saber que há um risco e que há alguns cuidados importantes de serem
tomados antes, durante e depois da visita ao local. Ir devidamente trajada, com
meia fora da calça, se possível com fechamento com fita adesiva é uma dica
importante. Após frequentar o local é importante fazer uma varredura para
verificar se algum carrapato grudou no corpo e retirar imediatamente, já que o
carrapato, para transmitir a doença, deve ficar pelo menos quatro horas fixado
no corpo.
Outro cuidado importante é ficar atento, entre 2 a 14 dias, a sintomas que
podem ser indícios da doença, como febre alta, dor no corpo, dor da cabeça,
inapetência, desânimo e pequenas manchas avermelhadas pelo corpo. Caso eles
ocorram, procurar um médico imediatamente e relatar a visita a estes locais.
Além da capivara, as pessoas devem tomar cuidado também com o contato com
cavalos, que também são hospedeiros do carrapato.
Ciclo da febre maculosa envolve carrapatos e capivara — Foto: Amanda Paes/G1
PARQUES DA CIDADE – Durante o período de fechamento do Parque da Rua do
Porto, a população tem algumas alternativas para a realização de atividades
físicas e lazer. A cidade conta com pelo menos 27 parques distribuídos no
município (Confira lista completa, com endereços e horários de funcionamento
aqui (https://sedema.wixsite.com/sedema/parques-da-cidade).
Próximo ao Parque da Rua do Porto, o público pode optar pela Área de Lazer do
Trabalhador, Parque do Bongue, Parque do Pelourinho, Avenida Cruzeiro do Sul,
Avenida Renato Wagner e Parque da Estação da Paulista.