Foto: Divulgação

Com a retirada da cúpula que encimava o prédio, o espaço aberto está permitindo que todo o prédio seja tomado pelas chuvas torrenciais. Quando da sua retirada em setembro, a Secretaria Municipal de Educação, SME,  à qual o Observatório estava vinculado, foi avisada para colocar um teto provisório e nada fez.

Anteriormente com sua desativação, todo o acervo astronômico pertencente a microempresa Urânia de Campinas, foi retirada. Na eminência de perder toda a documentação depositada na Pedra Fundamental, os mesmos foram retirados  e serão entregues ao Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, IHGP , nesta quarta-feira, (3), às 10 horas   pelos astrônomos que atuavam no Observatório.

Os documentos foram depositado em 15 de julho  de 1992 quando do lançamento da Pedra Fundamental estando presentes o prefeito José Machado, o fundador Elias Salum, que empresta seu nome ao Observatório, autoridades e astrônomos da região. Desde setembro o Observatório foi desativado pela SME e em Nota Oficial, a Prefeitura se comprometeu a construir novo observatório em outro local alegando que o local cedido pela ESALQ/USP, não servia mais para as finalidades do mesmo. Segundo o astrônomo Nelson Travnik que respondia pelas atividades do Observatório, “a complexidade que envolve a construção de um observatório astronômico que compreende aquisição de instrumentos importados, periféricos, modelos pedagógicos, bibliografia especializada, recursos audiovisuais e contratação de astrônomos, e que isto será realizado pela Prefeitura, é mais fácil acreditar que a Terra seja plana”.

Ressalte-se que o terreno cedido pela ESALQ/USP foi para unicamente ser um observatório astronômico e os prédios construídos obedecem a esse fim não se prestando para outras finalidades. Essa decisão de extinguir o Observatório sem colocar outro em seu lugar, privando a população e as escolas dos conhecimentos que ele auferia, provocou inúmeras manifestações de repúdio. Entre elas destaca-se a manifestação do prefeito José Machado qualificando a decisão como “absurda e cínica”. O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos César Pontes foi informado bem como a comunidade astronômica brasileira. 

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