O presidente do Sintipel, Emerson Cavalheiro, já assinou o acordo do setor de artefatos de papel e papelão - Foto: Sintipel


O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Artefatos de Papel (Sintipel) acaba de concluir as negociações das campanhas salariais dos trabalhadores de artefatos de papel e papelão, papelão ondulado e papel e celulose, garantindo conquistas importantes, como  reajustes salariais que repuseram integralmente a inflação dos últimos 12 meses, abono salarial, além de cesta de alimentos e auxílio creche, entre outros benefícios. Todo processo de negociação foi encabeçado pelo presidente do Sintipel, Emerson Cavalheiro, que participou ativamente do processo coordenado pela Federação da categoria, com a participação dos demais sindicatos no Estado, e teve a participação do vice-presidente Francisco Pinto Filho, o Chico, e de diretores da entidade, que diante das dificuldades impostas pelos setores patronais, que inicialmente fizeram uma contraproposta de dividir o reajuste salarial, que sequer repunha a inflação do período, mobilizaram os trabalhadores, inclusive realizaram paralisações na unidade da Klabin em Piracicaba e em diversas empresas no Estado de São Paulo. 

Emerson Cavalheiro conta que a pressão feita pelos trabalhadores foi decisiva para o fechamento do acordo, que no setor de papel e celulose e de papelão ondulado, garantiu reajuste salarial 10,78%. No acordo do papelão ondulado foi garantido reajuste de 11% no piso salarial, que passou a R$ 1.975,60, assim como também foi garantido  abono salarial de R$ 2.302,00, além de cesta de alimentos de R$ 300,00, que na Klabin passa a ser de R$ 330,00; auxílio creche de R$ 692,00 e auxílio por filho excepcional de R$ 1.377,00.

Já no acordo dos trabalhadores de papel e celulose foi garantido ainda correções de 11,06% no abono salarial, que passou a R$ 2.310,00, em parcela única, e no piso salarial, que chegou a R$ 2.083,40. Já a cesta de alimentos teve correção de 15,18%, e passará a R$ 334,00, enquanto que o auxílio creche foi corrigido  em 11,28% e será de R$ 695,00. Já o auxílio por filho excepcional teve reajuste de 11,40% e  será de R$ 1.760,00, enquanto que o auxílio funeral foi corrigido em 11,07% e passará a R$ 4.125,00.

No setor de artefatos de papel e papelão foi conquistado 11% de reajuste salarial, que inclusive garantiu aumento real nos salários, já que a inflação dos últimos 12 meses foi de 10,78%, e elevou o piso salarial da categoria para R$ 1.665,40 nas empresas com até 100 empregados.O acordo garantiu ainda cesta básica de R$ 300,00, reajuste de 29%.  No acordo também foi assegurado tíquete alimentação de R$ 35,00 nas empresas que não fornecem refeição, representando reajuste superior a 25%.

Os trabalhadores das indústrias do papel, papelão e artefatos de papel somam cerca de 1.500 na base do Sintipel e têm data-base em primeiro de outubro. “Diante do cenário de crise em que o nosso país, infelizmente, enfrenta novamente, esse acordo só foi possível graças à firmeza do Sintipel na mesa da negociação e do apoio recebido de cada trabalhador que participou ativamente dessa campanha salarial, a quem fazemos questão de agradecer”, diz Emerson Cavalheiro. 

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