Foto: Divulgação/Arquivo/Agência Brasil
Piracicaba não registra casos positivos para chikungunya há
mais de três anos; eliminar criadouros do Aedes é fundamental para prevenção.
A
Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Plano Municipal de Combate ao Aedes
(PMCA), informa que recebeu comunicado da Superintendência de Controle de
Endemias (Sucen) – vinculada ao Governo do Estado de São Paulo – alertando para
a possível reincidência da chikungunya no Estado - principalmente litoral
santista. A doença é causada pelo vírus CHK e transmitida pela picada da fêmea
do Aedes aegypti, com alta infestação nas cidades brasileiras. De acordo com o
banco de dados da Vigilância Epidemiológica (VE) de Piracicaba, a cidade não
registra casos positivos para chikungunya há mais de três anos.
Conforme
dados da VE, de 1º de janeiro até 5 de novembro, a cidade registrou 13.740
notificações para dengue, sendo 5.295 positivos e um óbito, tendo a região
Centro com 29,6% do total de casos confirmados. No caso da chikungunya, foram
30 notificações e nenhuma confirmação; de zika vírus foram três notificações e
zero confirmações.
Segundo
Sebastião Amaral de Campos, o Tom, coordenador do PMCA, o alerta é importante,
pois Piracicaba viveu um surto de dengue entre 2020 e 2021, doença que é
causada pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite zika, chikunguya e
febre amarela urbana. “Tivemos mais de 5.000 casos de dengue, mas nenhum de
zika e nenhum de chikungunya, conforme apontam os dados da VE”, afirma.
Tom
reforça que os sintomas mais comuns da chikungunya são dores articulares,
geralmente nos punhos, e que podem durar meses. “É importante que as pessoas
com suspeita da doença busquem ajuda médica nas unidades de saúde para o
diagnóstico correto, colaborando para as ações de controle do vetor. É
importante também informar que, as pessoas que costumam frequentar as praias
nessa época, protejam-se com o uso adequado de repelentes, mesmo que sejam
apenas paliativos na prevenção. A maneira mais garantida de se prevenir ainda é
verificar e eliminar criadouros do mosquito”, completou.
Para o
secretário de Saúde de Piracicaba, Filemon Silvano, o crescimento de casos de
chikungunya no litoral (baixada santista), conforme aponta a Sucen-SP, já é um
alerta para que a população se proteja da doença, fazendo o que é de
responsabilidade de cada um. “Ou seja, precisamos procurar e eliminar todos os
criadouros do mosquito existentes nas residências, pois é nesses criadouros com
água parada que os mosquitos nascem e se multiplicam, infestando e transmitindo
as doenças”, alertou.