Fotos: Divulgação

Do Lamas ao Capela, do Bar do Luís ao Amarelinho, do Bip-Bip ao Bar do Alemão, passando pelo Zicartola, Beco das Garrafas e Café Nice, as mesas e os balcões dos botequins é que foram as verdadeiras testemunhas do nascimento de grandes sambas. A urbanização piracicabana seguiu na mesma trilha. No início do séc. XX, bares como “O Ponto”, “Caligiure” e “Giocondo” eram centros de reuniões e de celebração da música para a geração seresteira de Belmácio e Erothides de Campos. Na segunda metade do século consagraram-se como pontos de cultura popular o “Bar Cruzeiro” e o “Ripas”, posteriormente, o "Estação Cultural", entre outros.

Nesses boêmios espaços é que compositores, músicos e intérpretes se juntavam para exibir canções novas; versos de despedida; um samba-canção de fossa que contava sobre um amor mal resolvido ou um bom sincopado para pôr pra fora aquela dor de cotovelo.

Inspirados nesses ambientes e idealizado pelos compositores Saulo Ligo e André Bertini, nasce “O Samba da Gente” que, além de dar nome ao primeiro disco autoral gravado pela dupla, transformou-se em um movimento musical a fim de se manter viva essa cultura que é característica da nossa formação urbana, fomentando a arte e a música popular brasileira.




A dupla de compositores Saulo Ligo (à esquerda) e André Bertini (à direita) idealizadores do movimento


À dupla se somam os músicos Sérgio Bertagnolli (cavaco), Thomas Bastos (pandeiro), Igor Mathias (percussão) e Angelo Pereira (surdo), celebrando, além das canções autorais presentes no disco, um repertório de grandes autores e clássicos.




Da esquerda para a direita, os músicos: André Bertini, Serginho Bertagnolli, Saulo Ligo, Thomas Bastos, Igor Mathias


As limitadas reservas de mesas podem ser feitas diretamente no Bar Cruzeiro, pelo telefone (19) 3377-8134, ou através do Whatsapp, pelo número (19) 98102-8343.


CONHEÇA OS MÚSICOS:

Saulo Ligo é mestre em Musicologia pela UFRJ, músico e compositor de música brasileira, violonista e cavaquinhista. Professor de cavaquinho da Escola Portátil de Música do Rio de Janeiro e professor particular. Lançou o primeiro Álbum Musical Solo "Meu Tempo é o Samba" em 2012; com o Conjunto Água de Vintém lançou "Café da Dona Chica 2013" e "Água de Vintém interpreta Sérgio Belluco" em 2015. Em 2018 fundou a Miolo Musical. Pelo Selo Miolo lançou Álbum "Thereza Alves, Canta outra vez" em 2020 e "O Samba da Gente" com André Bertini em 2021 com 11 sambas inéditos e da autoria da dupla. A cantora Aninha Barros gravou os sambas “De quando me via em você”, “Lua cheia” e “Passo dos iguais” em 2015 no CD Requinte e “Papo com vovô” (Thiago SP) em 2019 no CD Neguinha. A cantora Vanessa Moreno gravou “O galho e a roseira” no CD Vem ver em 2015. Fundador da produtora Miolo Musical, cujo objetivo é a valorização da música e sua cadeia produtiva através da pesquisa, edição e gravação fonográfica. Idealizou e dirigiu o projeto Memória Musical Caipira, realizado através do PROAC entre 2021 e 2023, um registro musical histórico a partir de partituras centenárias e manuscritas.

André Bertini é formado em Filosofia, produtor musical, compositor popular, gravado por Eliane Faria, Estela Manfrinato, Carolina Bertolini, Marina Costa e Jéssica Areias. Com três discos autorais, foi um dos pré-selecionados ao Prêmio Vale (2013). Fez parte da comissão responsável pela escolha das apresentações da Virada Cultural em Piracicaba em 2017. Nos anos de 2018 a 2019, compôs e produziu para a cantora Thereza Alves, vencedora do Prêmio Governador do Estado de São Paulo. Em 2019 foi semifinalista do Festival da Canção Brasileira, promovido pelo SESI. Nos últimos anos, coordenou o projeto Memória Musical Caipira, realizado pelo PROAC-SP, que resultou na produção de três discos digitais com obras centenárias, um songbook e um documentário, além de ter atuado como compositor e produtor, lançando singles, álbuns e o EP “Estela Canta Noel”, pela produtora Miolo Musical.

Texto: Divulgação

Publicação: Enzo Oliveira/ RMPTV

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