Fotos: Divulgação/ Assessoria Parlamentar
Boicote acontecerá de 13 a 18
de maio; dia 24 tem nova assembleia.
Professores da rede estadual
de ensino realizarão greve das plataformas digitais no período de 13 a 19 de
maio em todas as escolas da rede estadual de ensino, boicotando o uso desses
instrumentos. A decisão foi tomada em assembleia promovida pela Apeoesp, na
tarde da última sexta-feira, 26 de abril, na Praça da República, em frente à
Secretaria Estadual da Educação, que reuniu mais de 10 mil professores de
diversas regiões do Estado de São Paulo, que também decidiram realizar uma nova
assembleia no próximo dia 24 de maio, para deliberar pela deflagração de uma
greve geral da categoria, caso o governo estadual não atenda as reivindicações
da categoria. A assembleia acontecerá na avenida Paulista, em frente ao MASP e
terá caminhada até a Secretaria Estadual da Educação e até lá a orientação da
Apeoesp é para que seja ampliada ainda mais a mobilização da categoria.
A segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), diz que a greve contra as plataformas digitais é uma resposta da categoria aos ataques do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do secretário estadual da Educação, Renato Feder, aos professores, ao magistério e à educação pública. “Exigimos respeito à profissão docente e aos direitos dos estudantes. As tecnologias são instrumento auxiliar do processo educativo e não podem substituir os professores. Portanto, estamos orientando os professores a fortalecer esse movimento em cada escola do nosso Estado. Vamos, todos juntos, dar um sonoro não à opressão das plataformas digitais!”, diz.
Na assembleia, os professores
ratificaram a pauta de reivindicações que pede pagamento imediato do bônus e
remuneração aos professores que participaram da prova do SARESP, pagamento integral do piso salarial nacional
para toda a categoria, da ativa e aposentados, com reajuste no salário base e
não como abono complementar, pagamento
do reajuste de 10,15% conquistado na Justiça e bloqueado no STF, revogação da
reforma do ensino médio (MP 746/2016), a
volta da carga horária de Artes, Filosofia e Sociologia, contra a privatização
das escolas. Os professores também decidiram retomar a campanha contra a
violência nas escolas – pela ampliação do programa de mediação escolar para
prevenção à violência nas escolas, assim como reivindicam educação especial
inclusiva, que garanta pleno atendimento às necessidades educacionais das
pessoas com deficiência, transferência de todos os inscritos no concurso de
remoção, realização de campanha por uma CIPA paritária em cada escola, assim
como mesa de negociação permanente com a Secretaria Estadual da Educação e Intensificar
a luta em defesa do IAMSPE, contra a venda da sede do Instituto, pelo conselho
de administração paritário e deliberativo, contra privatizações e
terceirizações, atendimento aos professores da categoria O.
Na pauta de reivindicações
também está a ativação dos contratos para que os professores da categoria O sem
aulas possam ser eventuais e por atribuição de aulas presencial, justa e
transparente, assim como regularização imediata das contribuições
previdenciárias ao INSS, convocação de
todos os aprovados no atual concurso, e realização de concurso público para PEB
I. Na assembleia, ainda, os professore ratificaram o compromisso de lutar contra a PEC 9/2023, que reduz de 30%
para 25% o percentual do orçamento estadual da educação, intensificando a
coleta de 300 mil assinaturas para apresentação de uma PEC de iniciativa
popular contra o confisco de verbas da educação.
Texto: Vanderlei Zampaulo/
Assessoria Parlamentar
Publicação: Enzo Oliveira/ MTV