Foto: Divulgação/ Assessoria
Parlamentar
Os professores da rede
estadual de ensino estão fazendo greve dois aplicativos. A manifestação, que
teve início nesta segunda-feira, 13 de maio, prossegue até a próxima
sexta-feira, dia 19 de maio, foi comunicada ao governo do Estado de São Paulo
pela Apeoesp. Neste período, a plataforma digital será utilizada apenas para
registar a aula e a presença dos estudantes. Nesta terça-feira, 14 de maio, a
Apeoesp também promove manifestação, na Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo contra aprovação de projeto de lei do governador Tarcísio de Freitas de
implantação da escola cívico-militar na rede estadual de ensino, utilizando
recursos da educação, que ele quer reduzir.
Durante a greve dos
aplicativos, de acordo com a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual
Professora Bebel (PT), os professores darão suas aulas sem utilizar as
plataformas digitais. “Vamos mostrar ao governo e à sociedade que nenhuma
tecnologia substitui a relação professor-estudantes nas salas de aula.
Tecnologias são importantes como instrumentos auxiliares na educação. O
professor é insubstituível e precisa ser valorizado! O assédio moral se dá
presencialmente, nas salas de aula, e também por meios das plataformas digitais
da SEDUC. Tudo é registrado, controlado e vigiado, como se o professor fosse um
perigo ou mero executor das tarefas que lhes são ordenadas”, enfatiza.
A decisão de realizar essa
greve foi tomada em assembleia promovida pela Apeoesp, no último dia 26 de
abril, na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação, que
reuniu mais de 10 mil professores de diversas regiões do Estado de São Paulo,
que também decidiram realizar uma nova assembleia no próximo dia 24 de maio, na
avenida Paulista, em frente ao MASP, para deliberar pela deflagração de uma
greve geral da categoria, caso o governo estadual não atenda as reivindicações
da categoria.
De acordo com Bebel, a greve
contra as plataformas digitais é uma resposta da categoria aos ataques do
governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do secretário
estadual da Educação, Renato Feder, aos professores, ao magistério e à educação
pública. “Exigimos respeito à profissão docente e aos direitos dos estudantes.
As tecnologias são instrumento auxiliar do processo educativo e não podem
substituir os professores. Portanto, estamos orientando os professores a
fortalecer esse movimento em cada escola do nosso Estado. Vamos, todos juntos,
dar um sonoro não à opressão das plataformas digitais!”, reforça.
A Secretaria Estadual da
Educação, conforme com a Apeoesp, vem aprofundando o processo de opressão sobre
professores e estudantes, por meio de plataformas digitais e outros mecanismos
que visam vigiar e controlar os professores e esvaziar o processo educativo. A
última medida anunciada é a intenção de uso da Inteligência Artificial para
elaborar aulas, corrigir redações, provas e trabalhos, com a pretensão absurda
de tentar substituir os professores. “Já havíamos questionado judicialmente, de
forma contundente, a exigência de vídeo-aula no concurso realizado por
SEDUC/VUNESP e a sua correção por Inteligência Artificial. Esse uso indevido
causou a eliminação de milhares de professores no concurso e nossa ação
prossegue, em defesa da equidade e da justiça no concurso. Nossa categoria não
aceita o uso indevido e opressivo das plataformas digitais e temos apoio dos
estudantes, movimentos sociais e outros segmentos”, destaca a segunda
presidenta da Apeoesp.
ESCOLA CÍVICO MILITAR -- Já
nesta terça-feira, 14 de maio, a Apeoesp mobiliza professores, estudantes, pais
de alunos e segmentos da sociedade para comparecerem à Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo, às 9 horas, para participar de audiência pública,
visando pressionar deputados estaduais a não aprovarem projeto do governador do
Estado que estabelece a criação da escola cívico militar na rede estadual de
ensino, com recursos da educação estadual. “Ao mesmo tempo, esse mesmo
governador insiste em cortar R$ 10 bilhões da educação, reduzindo de 30% para
25% o percentual do orçamento para a área e quer fazer parcerias com empresas
para construir escolas, privatizando a gestão dos serviços, alegando falta de
dinheiro. Quanta contradição! É contra isso que estamos lutando”, destaca
Bebel.
Texto: Vanderlei Zampaulo/
Assessoria Parlamentar
Publicação: Enzo Oliveira/ MTV