Foto: Divulgação/ Assessoria Parlamentar

Parlamentar vai homenagear também os 75 anos do programa “Pelos Caminhos da Saudade”, através de Voto de Congratulações apresentado esta semana.

O deputado estadual Helinho Zanatta (PSD) propôs uma homenagem da Assembleia Legislativa do Estado para o programa de rádio “Pelos Caminhos da Saudade”, que, neste mês, completa 75 anos. O parlamentar lembrou que Piracicaba é também a terra da seresta e dos grandes seresteiros e seresteiras, como Cobrinha, Bolão, Pedro Alexandrino, Chicoca, Zezé Adâmoli e Geceni Martins.

Como a seresta faz parte da cultura piracicabana, Helinho lembrou de nomes da “nova geração” como Antonio Carlos Fioravanti (Bolão), Roberto Mann Seresteiro, Toninho Martini, e também das damas da seresta Thereza Alves, Clau Monis, Sandra Rodrigues e Telma Sturion.

A ideia de homenagear o programa “Pelos Caminhos da Saudade” surgiu numa conversa com o pesquisador musical Fábio Monteiro, o Fabinho, que há mais de 20 anos apresenta o programa na rádio Educativa FM (105,9). Nesta semana, Helinho protocolou na Alesp um Voto de Congratulações que, depois de aprovado, será encaminhado a seresteiros e seresteiras, ao Fábio, às rádios Difusora e Educativa FM.

Sobre “Pelos Caminhos da Saudade”, Fabinho contou ao deputado que o programa foi criado em maio de 1949 pelo radialista piracicabano Arthêmio de Lello, que na época tinha apenas 13 anos. A sua primeira apresentação aconteceu no Teatro Santo Estevão, que comportava entre 300 e 400 pessoas, e teve a transmissão pela rádio PRD 6 (atual Difusora), com músicas de Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Francisco Alves, Carlos Galhardo entre outros. Na época, Arthêmio tinha como colaboradores Dirlei de Almeida Canto, Carlos Cantarelli e Edson Rontani.

Arthêmio ficou à frente do programa até a década de 60, quando se afastou por problemas nas cordas vocais. A partir daí, o programa foi apresentado por Manoel Lopes Alarcon. Na década de 80, já na Educativa FM, ele também foi apresentado pelo jornalista Geraldo Nunes, grande incentivador da seresta. Fabinho era um dos colaboradores como pesquisador musical e um apaixonado por seresta. Geraldo faleceu em 2000 e o programa foi interrompido.

Segundo Fabinho, com a morte da “velha guarda da seresta”, como Pedro Alexandrino e Manoel Lopes Alarcon, a seresta começou a ser realizada na Associação dos Funcionários Públicos de Piracicaba, com o nome de “Noite da Seresta”, por sugestão de Geraldo Nunes. Entre 1996 e 2001, a “Noite” era realizada somente uma vez por ano (25 de agosto) em memória do cancioneiro Cobrinha.

  Em 2001, segundo Fabinho Monteiro, surgiu a ideia de levar para o Largo dos Pescadores a “Noite da Seresta”, dentro do seu projeto “Choros e Serestas”, com apresentação mensal, e apoio da Secretaria Municipal da Ação Cultural, que se tornou realidade em setembro daquele ano, sendo o projeto interrompido somente em 2017, quando ganhou um novo formato.

Em 3 de agosto de 2003, na Educativa FM, Fabinho que já conhecia a dinâmica do programa “Pelos Caminhos da Saudade” assumiu o seu comando, continuando a valorizar a seresta, os músicos e os grandes seresteiros de Piracicaba.

Helinho Zanatta disse que “homenagear o programa e os seresteiros de Piracicaba é uma grande honra como parlamentar. A seresta mostra o quanto é variada e dinâmica a cultura piracicabana, que ainda tem o cururu, a moda de viola e tantos outros ritmos musicais. E que bom que o Fabinho lute para manter essa tradição da seresta”, afirma.

Texto: Assessoria Parlamentar

Publicação: Enzo Oliveira/ MTV

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