Foto: Divulgação
Produção cinematográfica foi
contemplada pela Lei Paulo Gustavo Estadual. Gravações aconteceram durante o
feriado de Corpus Christi, em Piracicaba.
Localizado no bairro Vila
Independência, um mercadinho tipicamente piracicabano foi cenário para
gravações do curta-metragem “Troca Cem?” – dirigido e roteirizado pela atriz
paulistana Lina Agifu. Comtemplado pela Lei Paulo Gustavo através do Governo do
Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas,
Governo Federal e Ministério da Cultura, o curta conta a história solitária e o
cotidiano de seu proprietário: o senhor Ari – um homem na casa dos 65 anos,
cuja vida atrás do balcão passa a ser observada e percebida pelo espectador em
relação à passagem do tempo, suas mudanças e o seu lugar num mundo moderno e
dominado por novas tecnologias e novos estabelecimentos. As gravações
aconteceram ao longo do feriado de Corpus Christi, no último final de semana do
mês de maio.
O projeto, a direção e o
roteiro do curta são da atriz paulistana Lina Agifu – que reside em Piracicaba
há vários anos. Toda equipe técnica envolvida conta com profissionais da cidade
– e tem como protagonista o ator Edvaldo Oliveira. A proposta contemplada pela
Paulo Gustavo oferecerá ainda, como contrapartida, oficinas variadas na área do
audiovisual – especialmente dedicadas à terceira idade, acessibilidade e
profissionais da educação.
Dentre as inovações e diversas
curiosidades que o projeto propõe está o fato de que a captação de imagens do
curta foi realizada exclusivamente por meio de um aparelho celular. Numa via
inversa ao que caracteriza o protagonista da história, o uso de um recurso
tecnológico tão popular e contemporâneo como o celular visa a experimentação da
utilização profissional dessa ferramenta que é, de alguma forma, ícone destes
tempos que nos atropelam.
Para Lina Agifu,
“aprofundar-se nas possibilidades de utilização do celular é salutar para
democratizar o acesso à produção de vídeos de baixo orçamento e viabilizar
experimentações nesta linguagem”, comenta. Lina destaca também a preocupação da
produção com questões de acessibilidade e aponta que “o curta terá versões com
tradução e interpretação em libras, legenda descritiva e audiodescrição.
“Posteriormente, será contratado um produtor voltado especialmente para o
mapeamento de entidades no Estado de SP para a distribuição dessas versões
acessíveis”, explica.
O curta entra agora em fase de
pós-produção e, em breve, acontecem as atividades de contrapartida previstas no
projeto.
Texto: Diário do Engenho
Publicação: Enzo Oliveira/ MTV