Foto:
Danilo Telles/ MTV
Também
a pedido do GAECO e da Promotoria de Piracicaba, réus tiveram prisões
decretadas.
Sete homens denunciados pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Promotoria de Piracicaba
responderão por dois homicídios praticados em disputa por pontos de jogos. A
decisão do Poder Judiciário que transformou os acusados em réus também por
organização criminosa e exploração de jogos de azar foi de terça-feira (2/7).
Os alvos tiveram ainda suas prisões preventivas decretadas.
A primeira vítima, um empresário, foi assassinada
em maio de 2018 dentro de seu estabelecimento comercial com três tiros. Seu
filho deu continuidade à exploração de jogos de azar e também acabou morto,
executado na rua. A denúncia oferecida pelo Ministério Público identificou os
mandantes, seus intermediários e um envolvido na execução dos homicídios.
Diligências continuam acontecendo para identificar os demais executores.
Além disso, a investigação realizada pelo MPSP
identificou a relação estreita entre os integrantes da organização criminosa de
exploração de jogos de azar com a facção conhecida como PCC, cujos integrantes
atuavam em conexão para realizar cobranças e missões destinadas à execução de
crimes de mando.
Para o promotor Aluisio Antonio Maciel Neto, um
dos signatários da denúncia, as apurações revelaram que uma aparente
contravenção penal, como a exploração de jogos de azar, pode encobrir uma
grande estrutura para a prática de crimes violentos e graves. "Não é
apenas o jogo em si, mas o que se constrói a partir dele com o poderio
econômico angariado, seja para a corrupção de agentes públicos ou a execução de
crimes de mando, no mesmo modelo de máfias italianas", afirmou o membro do
MPSP.
Além de Maciel Neto, assinaram a denúncia os
também promotores Gustavo Luís de Oliveira Zampronho, André Camilo Castro
Jardim e Alexandre de Andrade Pereira.
Texto:
MPSP
Publicação:
Enzo Oliveira/ MTV