Foto: Congresso Nacional
O deputado Nikolas Ferreira
(PL-MG), também se juntou à mobilização contra o PSD. Ele descreveu o partido
como “a sigla que mais perseguiu a direita no Brasil”, destacando que a maior
parte dos senadores indecisos sobre o impeachment de Moraes pertence ao PSD,
que, coincidentemente, é o partido de Pacheco.
Assim, o PL se prepara para um
embate nas próximas eleições, com uma estratégia clara de desacreditar o PSD e
mobilizar seus apoiadores contra o que consideram uma ameaça à democracia.
Relembre o caso de Gayer
O Partido Liberal (PL)
intensificou suas críticas ao PSD, pedindo que seus eleitores não apoiem
candidatos desse partido nas próximas eleições. A chamada mobilização é
impulsionada por declarações do deputado federal por Goiás, Gustavo Gayer (PL),
que afirmou em vídeos nas redes sociais que o PSD representa um perigo maior
que o PT.
O foco da insatisfação é a
postura do PSD, especialmente do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), que até o momento não pautou o impeachment do ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Gayer declarou que o PSD se
transformou em um "partido de sustentação da ditadura" e que a luta
pelo impeachment de Moraes é um imperativo para garantir a liberdade das
futuras gerações. “Estamos em uma guerra contra a ditadura, e o Brasil está
virando uma ditadura por causa do PSD”, disse ele.
A mobilização do PL busca
conscientizar os eleitores sobre o número 55, que é o número de urna do PSD, e
Gayer pediu que os apoiadores evitem votar em candidatos a vereadores e
prefeitos desse partido. “Se o número começar com 55, não vote no principal partido
que hoje apoia a ditadura”, enfatizou o deputado.
Gayer também apontou que a
mobilização já teria começado a causar dissidências dentro do PSD, com muitos
candidatos começando a se posicionar contra Moraes e instando a liderança do
partido a fazer o mesmo. O PL e Moraes já têm um histórico de conflitos que
remonta às eleições de 2022, quando o ministro presidia o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e tomou medidas rigorosas contra a disseminação de fake news e
em defesa do processo eleitoral, que o PL e o ex-presidente Jair Bolsonaro
contestaram como fraudulentos.
Os desentendimentos aumentaram
após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e
depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília. Moraes foi decisivo na
condução das investigações, resultando em prisões e condenações que atingiram
parlamentares associados ao PL. O partido agora dá entrada em pedidos
frequentes de impeachment de Moraes, esperando que Pacheco, como presidente do
Senado, pauta esses pedidos.
Texto: Da redação
Publicação: Enzo Oliveira | MTV