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Nesta sexta-feira (20/9), o MPSP, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), denunciou 20 investigados no âmbito da Operação Face Off, deflagrada no dia 3 de setembro último para reprimir um esquema envolvendo narcotraficantes internacionais e policiais civis e angariar provas em favor da condenação dos alvos.

O Ministério Público quer, observadas as responsabilidades de cada um deles no cometimento de cada tipo de delito, que os denunciados sejam condenados pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, usura (cobrança extorsiva de taxas de juros em empréstimos fora do sistema financeiro) e lavagem de capitais, bem como que suportem reparação do dano material e moral coletivo no montante mínimo de R$ 7,5 milhões.

A Operação Face Off - cuja denominação remete a um filme norte-americano, do ano de 1997, em que policial e criminoso "trocam de rosto" - reuniu a Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado - FICCO/SP, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Administração Penitenciária e Secretaria Nacional de Políticas Penais, e o MPSP, tendo contado com apoio da Corregedoria da Polícia Civil.

Na ocasião, a Justiça expediu ordens de sequestro de bens imóveis e veículos, assim como o bloqueio de valores em contas bancárias dos agora acusados, totalizando mais de R$ 15 milhões. No inquérito que lastreou a denúncia, restou evidenciado, além da ocultação e a dissimulação de bens e valores de origem ilícita, o cometimento de crimes antecedentes, incluindo o tráfico de drogas.

Somente em novembro de 2020 um investigador do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC) recebeu indevidamente R$ 800 mil. Por conta disso, a investigação policial em curso no departamento foi arquivada.

Quatro dos 20 denunciados pelo GAECO já cumprem prisão provisória.

Texto: Da redação

Publicação: Enzo Oliveira | MTV

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