Foto: Enzo Oliveira | MTV
60 mil peixes da espécie
nativa pacu-guaçu, de tamanho juvenil, serão soltos no Rio Piracicaba às 10h
desta sexta-feira (4). A ação será no condomínio Estância Tamanduá, em Santa
Maria da Serra, e será realizada por voluntários de várias entidades como: AES
Brasil, Instituto Beira Rio, SOS Rio Piracicaba, Remo Piracicaba, Escoteiros
São Mario, Pira no Plogging, Ascapi (associação canoagem), Aperp (pescadores
esportivos), Prefeitura de Piracicaba, Prefeitura de Santa Maria da Serra,
Amoporto e Pegada Consultoria Ambiental.
Segundo o integrante do
Instituto Beira Rio, Luis Fernando Magossi, conhecido como o “Gordo do Barco”,
o local da soltura foi escolhido pela qualidade da água. “Lá a água está limpa.
Se chover forte, não vai acontecer aquela enxurrada de lodo preto que está no
fundo do rio e que pode matar o resto dos peixes. Assim os peixes, em um futuro
bem próximo, começam a desovar”.
O repovoamento que será
realizado novamente na sexta-feira, é o primeiro após a mortandade de peixes
ocorrida no Rio Piracicaba no dia 7 julho, que, segundo apontou a CETESB, foi
causada pelo vazamento de mel de cana-de-açúcar no Ribeirão Tijuco Preto, fazendo
com que o índice de oxigenação da água do Rio Piracicaba caísse a zero.
Relembre o caso
De acordo com a CETESB, cerca
de 235 mil peixes (em estimativas conservadoras) foram mortos na região urbana
de Piracicaba, em 7 de julho, e na Área de Proteção Ambiental (APA) Tanquã, em
15 de julho.
O dano ambiental gerou uma
multa de R$ 18 milhões à Usina São José, de Rio das Pedras (SP).
Usina recorreu da multa
A Usina São José recorreu da
multa emitida pela Companhia Ambiental do Estado.
Agora, o processo pode demorar
até dois anos, dependendo das instâncias que a empresa recorrer. Desde o dia da
mortandade, a usina nega ser a causadora das mortes, mesmo com flagrantes
feitos por técnicos da Cetesb.
Texto e publicação: Enzo
Oliveira | MTV