Foto: Danilo Telles | MTV

Pesquisa questionada coloca Barjas Negri na liderança com 47,20%

O Partido Rede Sustentabilidade fez representação junto à Justiça Eleitoral solicitando a imediata suspensão da divulgação dos resultados da pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Statsol, e das demais pesquisas, até que se esclareçam os pontos aqui levantados, sob pena de violação da isonomia e equilíbrio do pleito. Na ação, é solicitada a realização de perícia técnica para avaliar a conformidade da pesquisa divulgada pelo Instituto Statsol com as normas eleitorais vigentes e a consistência da metodologia empregada.

Na representação, a Rede pede que a Justiça Eleitoral cobre do Instituto Statsol a apresentação de odos os documentos comprobatórios referentes à pesquisa, incluindo: metodologia utilizada, critérios de amostragem, questionários aplicados, bem como os dados brutos colhidos, e a condenação do instituto nas penalidades previstas pela legislação eleitoral em caso de comprovação de irregularidades.

De acordo com a comissão provisória da Rede Sustentabilidade, ao analisar a pesquisa do Instituto Statsol, divulgada nesta quarta-feira, dois de outubro, em que o candidato Barjas Negri (PSDB) aparece com 47,20% das intenções de voto, com os dados divulgados, surgem sérias dúvidas quanto à legalidade, lisura e transparência da pesquisa, além de indícios de falhas em sua metodologia, o que compromete a fidedignidade dos resultados.

Na representação é argumentado que, conforme estabelece o artigo 33 da Lei n.º 9.504/1997, as pesquisas eleitorais devem obedecer a critérios rigorosos de transparência, principalmente no que tange à divulgação das metodologias empregadas e à ampla publicidade dos dados, permitindo a devida fiscalização por partidos políticos, coligações e candidatos. Porém, de acordo com a comissão provisória do Partido Rede Sustentabilidade, no caso da pesquisa realizada pelo Instituto Statsol, não foram amplamente divulgados aspectos essenciais, entre eles os critérios de amostragem, assim como não foi o instituto não esclareceu o período exato em que as entrevistas foram realizadas, deixando em aberto a possibilidade de manipulação temporal, assim como no que se refere à metodologia aplicada, não é detalha se foi utilizada metodologia quantitativa ou qualitativa, bem como o modelo estatístico utilizado para o cálculo das intenções de voto.

Na representação também é questionada a margem de erro e nível de confiança, se são compatíveis com o tamanho da amostra e a confiabilidade dos resultados. “Não foram fornecidos detalhes claros sobre esses pontos. Essas omissões violam os princípios da legalidade e lisura da pesquisa eleitoral, trazendo dúvida sobre a real intenção de votos da população piracicabana”, denuncia a Rede Sustentabilidade. Por último, é destacado que o instituto não disponibilizou todos os dados que embasaram a pesquisa, incluindo os formulários de coleta de informações, o que fere a exigência de transparência prevista no artigo 33, §1º, da Lei n.º 9.504/1997.

Tal comportamento impede o controle social sobre a pesquisa e compromete a credibilidade de seus resultados, uma vez que não se sabe ao certo como foram realizadas as entrevistas ou se houve eventuais manipulações na coleta de dados”, completa a representação à Justiça Eleitoral.

Texto: Da redação

Publicação: Enzo Oliveira | MTV

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