Ato marcado para o próximo dia
26 é para preparar a greve dos professores.
A Apeoesp não irá assistir
calada os diversos ataques do governador Tarcísio de Freitas contra a educação
pública estadual. A entidade, de acordo com a sua segunda presidenta, a
deputada estadual Professora Bebel (PT) promoverá ato público no próximo dia
26, às 11 horas, na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da
Educação. “O desmonte da educação promovido pelo governador Tarcísio de Freitas
e o seu secretário estadual da Educação, Renato Feder, não nos deixa
alternativa a não ser preparar a greve!”, enfatiza.
“Vamos às ruas, diante do
acúmulo de medidas autoritárias do governo Tarcísio e do secretário Renato
Feder, entre elas o fechamento de classes no noturno, confisco de mais de R$ 10
bilhões de verbas da Educação, redução de aulas de Geografia, História, Arte,
Ciências, Sociologia, regras punitivistas de recondução e realocação nas
escolas PEIs, sem respeitar e ouvir os Conselhos de Escola e sem dar condições
de trabalho aos professores, com altos índices de adoecimento. Este governo
também está vendendo escolas na Bolsa de Valores, como se estudantes e
professores fossem negociáveis”, diz comunicado da Apeoesp.
No comunicado é destacado
ainda que a PEC 09/2023, que reduz de 30% para 25% o percentual de recursos do
orçamento estadual para a educação, lamentavelmente, foi aprovada na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, em primeiro turno, por 60 deputados da base
de apoio do governador Tarcísio de Freitas. “Mas a luta continua! Temos que nos
revezar na Alesp para dialogar e pressionar os deputados a não aprovarem esse
confisco em segundo turno”, diz o comunicado, chamando os professores para
participarem das manifestações.
De acordo com Bebel, outra
luta da Apeoesp é contra o fechamento de classes do noturno. Levantamento
inicial da Apeoesp aponta mais de 70 classes em processo de fechamento no
período noturno, sendo clara a decisão de simplesmente encerrar esse período nas
escolas, seja no ensino médio, seja na Educação de Jovens e Adultos (EJA),
voltada para pessoas que não puderam estudar na idade própria.
Outra luta da Apeoesp é para
que a Secretaria Estadual da Educação convoque novos professores aprovados no
último concurso. “Continuamos cobrando para que convoque mais professores
concursados, de todas as disciplinas, inclusive Sociologia e Filosofia, ampliando
o número de vagas”, diz Bebel.
De acordo com a segunda
presidenta da Apeoesp, diante disso, a entidade impetrou ações judiciais contra
as regras punitivistas da Secretaria Estadual da Educação para recondução e
também para assegurar outros direitos dos professores. “A primeira delas, em
relação ao não desconto dos dias considerados de efetivo exercício conforme o
Estatuto dos Servidores Públicos na qual obtivemos decisão liminar,
infelizmente cassada pelo Tribunal de Justiça de são Paulo. A ação prossegue
para julgamento ao seu mérito. A segunda ação diz respeito ao não desconto da
licença saúde e licença prêmio. Não obtivemos a liminar e ação prossegue para
julgamento de mérito”, conta.
Diante de todo esse quadro,
Bebel diz que é necessário construir a greve dos professores da rede estadual
de ensino. “Realmente, diante desse conjunto de ataques, que configura
verdadeiramente um projeto de desmonte da Educação pública, nossa alternativa é
a construção da greve. Esse é o debate que devemos fazer nas escolas, nas
regiões, nas subsedes”, completa a deputada Professora Bebel e segunda
presidenta da Apeoesp.
Texto: Assessoria